quarta-feira, 8 de abril de 2015

Comunicação: O sucesso de histórias tristes

Como um fã da Clarisse, utilizo nesse texto suas letras com histórias dramáticas que fazem sucesso por seu bom humor, para falar de boa comunicação.

A boa comunicação segundo os palestrantes motivacionais é parte importantíssima para o êxito de um profissional de sucesso. Alguém que sabe comunicar-se bem consegue até fazer o feio ficar bonito. Tomo como exemplo para uma reflexão as letras da cantora e atriz Clarice Falcão, que milita no meio da música com algumas letras que em minha opinião narram à tristeza de histórias que deveriam ser de amor.
Na história da música “Monomania”, ela cria uma louca compositora que compõe sempre para o mesmo como sugere o titulo, que até tenta se desfazer do vicio jurando buscar outra inspiração mais que acaba no mesmo. O triste é quando no fim ela diz que se juntarem seus versos, tudo que via ser encontrado será ele. Uma declaração maluca, que talvez aconteça na vida de gente que depositou no outro a vida.
Em “eu esqueci você”, um recado ao amado (imagina se não houvesse esquecido), uma grande brincadeira com o que se está dizendo e o que de fato parece ser a realidade. Lembrando-se dele ela diz que está tudo muito melhor agora, que foi bom ter acontecido sua partida, que se aparecer uma ligação de madrugada (insônia por ele) foi engano e que esse recado é para dizer que não sente mais nada.
Na letra de “Macaé”, um romance platônico de uma insegura. Parece uma carta endereçada a alguém que não vai aceitar, ela diz com medo e já entrega as respostas de fuga. Ele é tudo que ela sempre quis, ela conhece o mapa astral dele, decorou seu RG, tem a senha do cartão dele, grampeou o celular dele e comprou veneno para os dois se matarem. Ela até queria que ele ficasse com ela, mas entende sua fuga e se fosse ele, também fugia.
Na letra de “um só”, outra loucura de uma insegura que a autora não mostra um final, mas que provavelmente não é bom. Ela se entende como parte dele, intimida ele com sua ideia de que não são dois, sem ele ela não existe, ele é gêmeo dela ou ela já não se enxerga só consegue ver ele. Ela imagina que se ele os cortar ao meio, que se acontecer um fim, ele vai ficar bem e ela vai morrer.
Tudo aparentemente trágico, mas com o bom humor de uma atriz que trabalha com o riso das pessoas. A boa comunicação de quem sabe falar e por isso alcança o sucesso como disseram os palestrantes citados no inicio do texto.


Trazendo isso para o lado da educação: a educação acontece de forma reflexiva, quando pensamos (como educadores) as praticas da comunicação sensível ao saber do aluno e não reproduzindo como únicos detentores do saber. Quando tornamos a comunicação mais atraente, quando não buscamos narrar como uma televisão tornando o aluno um; espetador conservador, que não tem voz e que tem que ser tratado como uma vasilha como dizia Paulo Freire (1986).