quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Jobs; um ponto fora da curva

O Jobs foi um líder que não é a regra citada por outros grandes lideres, ao ponto de ouvir: não poderia ser diferente e conseguir os mesmos objetivos. E responder: “só sei ser assim”. Nesse texto quero citar o gênio com suas aulas de lideranças a sua maneira, tais ensinamentos são frutos do livrinho: As verdadeiras lições de liderança de Walter Isaacson.
É do Jobs a frase: “não contrate alguém inteligente, para dizer o que ele deve fazer”. O criador de sua biografia ouviu dele que sua equipe de trabalho era brilhante, poderiam sair a qualquer momento, mas não saíram. Fizeram coisas incríveis, sabiam a todo momento o que deveriam fazer e não perdiam tempo, pois para o gênio decidir o que não fazer é tão importante quanto decidir o que fazer. Sua equipe costumava se reunir em retiro (top 100), no quadro branco Jobs anotava dez coisas a fazer no final do retiro. Seu padrão de criação era a construção de produtos excelentes, absurdamente bons e não simplesmente aceitáveis.
Em um desses retiros ouviu a ideia de um membro da equipe, sobre fazer uma pesquisa de mercado. Respondeu de forma seca o NÃO. Completou: “as pessoas não sabem o que querem até que a gente mostre a elas. Henry Ford disse: se eu perguntasse as pessoas o que elas queriam, eles teriam dito: um cavalo mais rápido!”. Para Jobs sua tarefa era de ler coisas que nunca foram impressas.
O gênio participava de tudo, até não dormia pensando no próximo passo, pensando no melhor próximo passo. Disse: “fizemos o IPOD para nos mesmos e quando se faz algo para si mesmo, ou para seu melhor amigo, ou para sua família, você não vai fazer porcaria”. Colocava em pratica o que se chamava de distorção da realidade, tirando o máximo de todos, quando trabalhava na atari ouviu de um companheiro que determinado jogo levaria meses a ser feito, fez em dias.
Debi Coleman que trabalhou com Jobs disse: “você fazia o impossível, porque não percebia que era impossível”.
Larry Kenyon, responsável pelo sistema operacional do Macintosh questionado pela demora para ligar o aparelho tentou explicar o por que, foi interrompido por Jobs que perguntou: - se tivesse que salvar uma vida, você acharia um jeito de diminuir em 10 segundos mais rápido? Kenyon respondeu que provavelmente sim, e no fim diminuiu em 28 segundos o tempo.
Com o Iphone Jobs foi tão detalhista que participou ate do desenho da caixa do mesmo, uma noite sem dormir e fala com sua equipe sobre o aparelho: “pessoal, vocês se mataram para fazer o design nos últimos nove meses, mas vamos muda-lo. Vamos todos trabalhar de noite e fins de semana, se quiserem podemos distribuir umas armas para quem desejar se matar”.
Tal característica tão perfeccionista é contada como herança do pai. Um dia Jobs fez uma cerca com seu Pai, na finalização queria descuidar da parte de trás da mesma e disse: “ninguém nunca vai ver isso”. Seu pai respondeu, mas você vai saber.
Jobs tratou os seus como melhores, por isso pedia perfeição e sempre cobrando o máximo, em peças que ficariam escondidas cobrou acabamento bonito, pois seus companheiros saberiam que tais peças estariam ali. Nessa compreensão de que em sua equipe contava  com os melhores, dizia: “quando você tem pessoas realmente boas, não precisa trata-las como crianças”.
Por fim o gênio gostava de conteúdo e pouca tecnologia no processo de criação, gostava de encontros e debates ao ponto de dizer: “detesto quem usa apresentação de slide em vez de pensar; quem realmente sabe o que está falando, não precisa de PowerPoint”.

Pense diferente; continue faminto, continue louco.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Homens Sem Nada na Estrada

E lutar todo dia é a missão que movimenta pessoas que lotam os ônibus pela manhã nas grandes cidades, tem um dito que já é popular que dizem os guerreiros da labuta; “saio de casa sem saber se volto” graças a grande desordem na segurança do país, graças à corrupção. Olhando para o lado é fácil identificar essa luta de todos dos homens que não tem nada (música: Homem que não tinha nada) e dos homens da estrada (musica: homem na estrada).
O homem que não tinha nada é uma letra de José Tiago que virou música na voz do Projota. Narra à história de brasileiros que vivem essa luta diária por sua família, na letra o personagem tem por característica que vale destacar seu papel de super-herói: acordou cedo, por não ter nada não tem medo e encara a vida com sorriso no rosto, se despede da sua mulher com um beijo de língua, é um homem doente que tem fé.
O homem que não tinha nada tem uma mulher e três filhos, às vezes erra e por necessidade faz os seus “esquemas”. Como sempre seguiu sua rotina, só que de maneira diferente, abraçou como quem abraça pela ultima vez e de fato foi assim o poeta diz que o homem que não tinha nada encontrou outro homem que não tinha nada e esse homem colocou fim na história.
O homem na estrada é letra do Mano Brow, conta a história de alguém que esteve preso e que tenta mudar, ele tem um filho. Vive em uma realidade miserável, mal cheirosa e esquecida. Na narração se sabe que o IBGE esteve lá e não voltou e que grandes crimes acontecem ao redor e o seu desejo é que o filho esqueça aquele lugar e saia de lá... Um homem na estrada.
Sobre as escolas do lugar, não vão para estudar e sim o para comer. Um vendedor de porta da escola fica famoso, estampa capa dos jornais quando é baleado pelos robocops, com vinte anos de idade vira superstar das noticias populares. Apesar de querer mudar, seus antecedentes são lembrados quando começam acontecer roubos nas redondezas. Na madrugada na favela não existem leis, não dá mais tempo pra nada... Bang! Bang! Bang!
Os dois são vitimas sem serem omissos a condição de lutadores que precisavam encontrar meios de sobrevivência melhor para seus “para que”. Para o motivo que os faziam acordar cedo para ir lutar, na história de ambos os sonhos foram interrompidos e encontrados mortos sem nada na estrada.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Discurso de orador da formatura do curso de Pedagogia 2016 da Faculdade Integrada Brasil Amazônia - FIBRA

Caríssimos, estamos aqui reunidos em um dia de celebração de vitória, logo quero prestar nosso agradecimento e com esse mostrar lealdade ao MAIOR PEDAGOGO de todos os tempos o JESUS CRISTO, nosso camarada que esteve conosco em todos os momentos, nas noites de frio e grandes aflições, nas manhas de alegria em nossas buscas. Na carta de Provérbios na palavra do senhor ele disse: prepara-se o cavalo para o dia de batalha, pois o senhor é que dá a vitória. Ao senhor nossa maior referência, firmamos compromisso de fazer uso da pedagogia do Amor, olhando para cada um como o mestre nos pediu, seguindo seus passos e se dedicando com alteridade, pois até aqui o Senhor nos ajudou.
Nos conseguimos! Que bom que esse dia chegou, sonhamos com ele. Walt Disney disse: “Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade. Se você pode sonhar, você pode fazer”. Muito me honra ser o representante de uma turma de pedagogia, nesse discurso devo ecoar a alegria de 43 pedagogos em seu processo de busca inquieta e reflexiva, de curiosidade que os movimentou para aprender a aprender e aprendendo mediar o processo que produz conhecimento. Educação não é processo simples e acabado ao termino de um ciclo, isso esta vivo desde os primeiros momentos de nossa vida, professor Joaquim falou um dia: “escolheu ser educador, logo escolheu estudar pra sempre”. Assim um grande graças a Deus que esse processo segue e que venham mais dias como o de hoje. Um dia o Jobs disse que uma frase o marcou em sua trajetória: “sejam tolos, sejam famintos” para dizer prossigam a busca.
Nosso agradecimento se estende na direção dos nossos primeiros mestres, aqueles nos ensinaram a olhar as coisas e as configurar, que nos ensinaram a falar (principalmente as meninas lá do fundo da sala), que vibraram com nossos primeiros passos, nossos pais nasceram para ser nossos pais, a ter respeito pelos nossos semelhantes, sermos honesto e se preciso eles iam na escola perguntar de quem era o lápis que veio em nossa mochila. Alguns de nossos pais não sabiam ler, mas eram sábios de leitura de mundo. Nossos pais foram corajosos de dizer “vão viver e vão vencer”, “não criei filho pra desistir”, “vamos vencer juntos”.
Batalharam conosco, no caso de uma confrade quando a vida deixou de fazer sentido, eles foram a força que venceu a fraqueza. Nos deram autonomia para decidir, sabendo que podemos contar com eles, sonharam o nosso sonho e viveram o curso conosco. Pediram pra sermos estudiosas, pois sentiam orgulho de nos ver realizados e feliz. Nossos pais adaptaram alguns populares ditados em formato de bronca, como: O que tudo que a gente planta colhemos, então presta bem atenção no que tu tá plantando. Não nos deram tudo, nos mostraram que não podíamos ter tudo. Quando éramos crianças nem entendíamos, hoje a ficha caiu, foi ensinamento, foi preparação para mostrar que lutas se fazem necessárias para se ter o que se quer. Eles nos ensinaram a ser chatos. Por vezes foram, por muitas vezes mesmos e isso compreendemos hoje que faz parte do pacote de serem os melhores MESTRES DO MUNDO.
Aliado ao agradecimento aos nossos pais, queríamos expressar nossa gratidão aos avôs, pois em nossa turma tá cheio de criado com vó. Esse dia é pra vocês que ensinaram nossos pais a serem os melhores mestres do mundo e ainda participaram do nosso processo.
Aos nosso amigos, queríamos dizer primeiro que parabéns a vocês que agora tem um amigo pedagogo, só que vou dar um aviso, não é de graça nossa hora aula. Vocês são importantes nessa trajetória.
A escola nos presenteou com novos mestres, nas series iniciais achávamos esses tão importantes que chamávamos de “tias”. A academia nos reservou uma equipe que honrou o padrão FIBRA de qualidade, não nos apadrinharam em momento algum e por isso fizeram nossa caminhada mais rica. Ensinaram-nos que resenha é mais que um papo entre amigos, nos colocaram em frente a turma e fizeram caras e bocas para nossas apresentações, montaram debates e mediaram conflitos de acadêmicos que gostam de falar. Pediram pesquisas, nessas nos apresentaram: o pedagogo Paulo Freire que fora do Brasil aparece entre os 100 autores mais citados no mundo. Piajet, Rubem Alves, Luckesi, Fazenda, Henry, Skinner, Montessori, Wallon, Ferreiro, Saviani, Morin e outros mais.
Nossas parcerias com os mestres renderam grandes feitos, confecção de folder com pesquisa de campo. Um grande encontrão de ludicidade com presença de nossas crianças, que noite fantástica aquela; o circo, os brinquedos confeccionados com as crianças, as cantigas de roda, as contações de histórias... Nossas socializações das experiências de estagio, com nossas caças ao PPP das escolas. O encontro para arrecadar papel e colaborar com a cooperativa filhos do sol. Nossa visita aos espaços da Cidade Velha, bom mesmo era aquele Guia de turismo (um tal de Roberto França). Roma e sua civilização nos recebeu no Boulevard. Lanchamos nas creches, antes de oferecer nossas alegres atividades. brincamos de massa e cortamos papel, levamos discursos de esperança aos jovens da EJA. Por fim produzimos o TCC, foram dias difíceis mais compensadores.
Aqui em frente está esse menino que sonhou ser pedagogo sendo fruto da catequese, que junto a um policial bem altruísta, representaram o pequeno clube do bolinha nessa turma recheadas de ricas historias de lutas. Para está aqui nesse dia especialíssimo que vai virar quadro e ficar estampado em nossas paredes. Elas são um filme de ação com vários finais: são pedagogas, guerreiras que pegavam o ultimo ônibus, carona e até barco. Para muitos o momento de pesquisa foi o terceiro turno, nessa turma tem uma jovem com mais de 25 anos de atuação, uma guerreira que o pai chegou a ir pra aula junto, a namorada do DJ, a apaixonada por carnaval e samba,  na sexta comiam pizza quando sobrava o dinheiro não comprometido com as apostilas. Perderam entes queridos e para eles dedicamos nossa luta, roqueiras, alunas que trocaram UEPA e federal, regueiras, bagunceiras, bicolindas e leolindas, de mocajubinha, de Natal. Católicas, evangélicas umbandistas, MÃES, namoradas, esposas, donas de casa, diretoras.
A geografia da nossa turma sempre foi bem decidida; na direita do professor as meninas que em suas postagens diziam, mais que um grupo, somos amigas. Depois delas vinha as las descaradas, grupo de irmãs bem sucintas. Depois delas tinha a turma do fundo da sala, todos os eventos com festa tinha a gerencia delas. Ao lado delas estava as BFFS, que se vestiram de palhaças um dia e se reuniam na terra firme. Já chegando à esquerda das professoras na esquina estavam as pedagolindas, do recanto verde e das criativas confecções com materiais recicláveis. Próximo a mesa da professora estava um grupo muito unido, que gostavam de tomar duas depois das vitórias nas apresentações. No meio da sala os Queridões, esse grupo agradece a criação do WhatsApp, se reuniu muito por lá, estudou pra muitas provas via áudio do aplicativo.
A FIBRA é uma instituição que confiamos e que torcemos para continuar formando, pois fazem com qualidade.
Por fim, nos amamos atuar na educação, por isso estamos aqui. Jobs disse: “Você tem que descobrir o que ama fazer”. Nos descobrimos.
Rubem Alves disse: “As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor”. Nossos pais, amigos e a FIBRA formaram jovens cheio de vontade de construir um mundo melhor.
“Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”. Estamos aí para fazer.
Amém. Boa noite.
Jair Junior Conceição Marques