E
lutar todo dia é a missão que movimenta pessoas que lotam os ônibus pela manhã
nas grandes cidades, tem um dito que já é popular que dizem os guerreiros da
labuta; “saio de casa sem saber se volto” graças a grande desordem na segurança
do país, graças à corrupção. Olhando para o lado é fácil identificar essa luta
de todos dos homens que não tem nada (música: Homem que não tinha nada) e dos
homens da estrada (musica: homem na estrada).
O
homem que não tinha nada é uma letra de José Tiago que virou música na voz do
Projota. Narra à história de brasileiros que vivem essa luta diária por sua família,
na letra o personagem tem por característica que vale destacar seu papel de super-herói:
acordou cedo, por não ter nada não tem medo e encara a vida com sorriso no
rosto, se despede da sua mulher com um beijo de língua, é um homem doente que
tem fé.
O
homem que não tinha nada tem uma mulher e três filhos, às vezes erra e por
necessidade faz os seus “esquemas”. Como sempre seguiu sua rotina, só que de
maneira diferente, abraçou como quem abraça pela ultima vez e de fato foi assim
o poeta diz que o homem que não tinha nada encontrou outro homem que não tinha
nada e esse homem colocou fim na história.
O
homem na estrada é letra do Mano Brow, conta a história de alguém que esteve
preso e que tenta mudar, ele tem um filho. Vive em uma realidade miserável, mal
cheirosa e esquecida. Na narração se sabe que o IBGE esteve lá e não voltou e
que grandes crimes acontecem ao redor e o seu desejo é que o filho esqueça
aquele lugar e saia de lá... Um homem na estrada.
Sobre
as escolas do lugar, não vão para estudar e sim o para comer. Um vendedor de
porta da escola fica famoso, estampa capa dos jornais quando é baleado pelos
robocops, com vinte anos de idade vira superstar das noticias populares. Apesar
de querer mudar, seus antecedentes são lembrados quando começam acontecer
roubos nas redondezas. Na madrugada na favela não existem leis, não dá mais
tempo pra nada... Bang! Bang! Bang!
Os dois
são vitimas sem serem omissos a condição de lutadores que precisavam encontrar
meios de sobrevivência melhor para seus “para que”. Para o motivo que os faziam
acordar cedo para ir lutar, na história de ambos os sonhos foram interrompidos e
encontrados mortos sem nada na estrada.