terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Vida ressignificada

A possibilidade de enxergar diferente, de ver o valor de se melhorar realidades com o que buscamos, uma escolha dos protagonistas de diversas áreas.


A vida precisa ser “ressignificada”, pensada com um olhar critico e reflexivo.
Isso diz os principais pensadores da área da educação, pois de fato isso precisa ser martelado a todo tempo na cabeça de quem vai ser um profissional da área que é base para todas as outras profissões. Mas essa frase tem poder na vida (ou pelo menos deveria), em todas as outras escolhas profissionais, pois bate de frente com o comodismo de ficar quieto, de chegada definitiva. Para os atuantes da área da educação o processo não acaba nunca (ou pelo menos deveria), escutei de um professor amigo que: “quem escolheu ser professor, escolheu estudar para sempre”.
Escutei outro dia a Eliane Brum em uma entrevista ao programa “sempre um papo”, o dia em que ela entendeu o tamanho do poder de sua escrita. Ela colunista de revista e site, escritora de livros, viveu a experiência de encontrar com a Sonia; uma criança que segundo ela tinha olhar de gente velha. Ela contou e eu concordo que: “Crianças quando têm olhos de gente velha, é Porque sofreu um crime de viver algo que não era dela”. E na despedida a Eliane ouviu: “Não me deixe morrer”. Quem conhece a escritora e já teve a oportunidade de ler algum texto seu, sabe que falo de alguém muito humanizada com a causa popular, alguém que vive o processo de cruzar com olhos que pedem pela vida, como o de Sonia. Vida que se ressignificou.
No filme “A vida é bela” o pai envolve o filho em um jogo, na oportunidade a guerra rolando e a menino pensa que está em uma disputa para ganhar um tanque.  No filme “Titanic” uma cena fantástica marca o encontro dos dois protagonistas, a moça quer se jogar do navio e o Jack entra na vida dela e diz à frase que marca o filme: “se você pular, eu pulo”. Nesses dois premiados pela outorgada maior do cinema, os personagens centrais vivem uma tragédia com criatividade de olhar de maneira diferente, quando o Jack está morrendo a mocinha canta, para salvar os últimos momentos do amado. Quando o Guido vai morrer ele brinca para que o Giosue continue o jogo. Exemplo de vida ressignificada.
A vida seguirá sempre com as escolhas dos seus protagonistas, as sensações e os pedidos de socorros estão por ai. Somos convidados a olhar para realidades que estão a nossa disposição com significados diferentes e criticidade.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Avaliação da aprendizagem: Relações professor-aluno na sala de aula

Para visualizarmos a avaliação no processo ensino aprendizagem que tem professor e aluno como personagens centrais, faz-se necessário a definição de alguns conceitos. Dentre eles a categoria do processo pedagógico; a organização do trabalho pedagógico no ambiente escolar macro e micro. E por fim a função formativa da escola.
Faz-se necessário ter ciência de que qualquer avaliação precisa olhar o modelo global, até chegar à realidade institucional. Fazer tal relação poderá nascer um modelo novo e condizente com a realidade que se quer aplicar a avaliação. A avaliação necessita fluir do querer coletivo da escola, dessa forma não haverá imposição e o professor colocado na “parede”, assim como não será algo singular e restrito parecendo uma imposição ao aluno.
Um grande erro proclamado por um bom tempo e que ainda acontece na pratica de alguns profissionais, e de que a avaliação dar-se apenas no final do processo medindo com uma nota se se alcançou o nível necessário de conhecimento. Quando tal visão prevalece não se observa o inteiro da sala de aula, ficando o ensino de forma incompleta. Uma atitude precisa ser tomada por profissionais que atuam e que vão vir atuar na área, de não somente advogar para um processo de avaliação continua e não de forma isolada.
Os objetivos do ensino são um primeiro passo para uma visão linear do processo pedagógico, passando por definição dos conteúdos e metodologias a serem aplicadas, com isso acontecerá à otimização de cada etapa do aluno. Faz-se necessário olhar a educação e conduzi-la baseada na natureza dinâmica e contraditória das categorias, o que permite organizar o processo em dois núcleos interligados: Objetivos/avaliação e conteúdo/método. Assim sendo os objetivos e a avaliação, orientam o processo.
Dessa forma o que se quer, não é unificar objetivos-conteúdos-métodos, mas sim fazer pensar o processo não tendo a avaliação como subordinada ao fim do trabalho pedagógico sem alcançar sua finalidade que é o desenvolvimento do aluno. A avaliação não pode ter como único fundamento, verificar se o aluno está apto ou não a seguir para outra sequencia de conhecimentos.

Assim sendo a avaliação não é apenas o final do processo, mas sim parte importante no todo desenvolvimento pedagógico. Um professor deve avaliar o dia a dia.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Mídia e educação

A criança terá direito a liberdade de manifestar-se, esse direito a concede poder procurar, receber e passar informação independente do lugar aonde vive. Na forma de arte cultural ou qualquer outro meio da escolha infantil (ONU, 1989). O trabalho visa contribuir para os direitos da criança e do adolescente, com ênfase na educação que é base para qualquer meio. Faz-se necessário que de forma urgente, aconteça uma atualização na tecnologia educacional, pois uma nova “autodidaxia” vem sendo desenvolvida em meio aos jovens por vários anos (PERRIAULT, 1996a, p. 23). As crianças durante anos consumiram-se das curtas mensagens televisivas, habituaram a pegar os estilos nas falas, aspectos técnicos e estéticos. Em pesquisa feita nos anos 80 Greenfield (1980) constatou que crianças que viam muito a programas de tv tem uma melhor aptidão na criação de conceitos, de contextualizarem no meio onde viviam. Hoje com novas capacidades cognitivas e perceptivas, anotam o que veem em um vídeo, elaboram perguntas para animar um chat; fazem uso da interatividade possível a partir dos anos 90. Aquilo que se dizia da televisão e vídeo game nos anos outrora, nos dias atuais se fala das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Com a força que vem tendo tais mídias e a proporção que é utilizada, surgem também as competências de como melhor usar e planejar o tempo, tarefas, testes, formulários, etc. Talvez esse fascínio e robotização sejam carregados de alguns males como, a mania e a dependência, com facilidade as pessoas se desligam das relações físicas e socioafetivas ligando-se à realidades virtuais unicamente. Esse processo social impactante tem sido estudado a partir de diferentes abordagens, vendo que a penetração dessas “máquinas inteligentes” em nossa vida social é incontestável. Assim são imensos os desafios impostos para a educação, tanto na intervenção quanto na reflexão, a primeira questão pode ser assim formulada: Como a escola pode contribuir para que as crianças sejam usuárias criativas e criticas dessas ferramentas sem tornarem-se meras consumidoras compulsivas? A segunda mais crucial é: Como a escola pública assegurar a inclusão de todos na sociedade do conhecimento sem contribuir para futuros “ciberanalfabetos”?

BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia é educação? São Paulo: Autores Associados, 2005.
*Texto produzido para um projeto desenvolvido na disciplina: Pesquisa e suas estruturas.