A
criança terá direito a liberdade de manifestar-se, esse direito a concede poder
procurar, receber e passar informação independente do lugar aonde vive. Na
forma de arte cultural ou qualquer outro meio da escolha infantil (ONU, 1989).
O trabalho visa contribuir para os direitos da criança e do adolescente, com
ênfase na educação que é base para qualquer meio. Faz-se necessário que de
forma urgente, aconteça uma atualização na tecnologia educacional, pois uma
nova “autodidaxia” vem sendo desenvolvida em meio aos jovens por vários anos
(PERRIAULT, 1996a, p. 23). As crianças durante anos consumiram-se das curtas
mensagens televisivas, habituaram a pegar os estilos nas falas, aspectos
técnicos e estéticos. Em pesquisa feita nos anos 80 Greenfield (1980) constatou
que crianças que viam muito a programas de tv tem uma melhor aptidão na criação
de conceitos, de contextualizarem no meio onde viviam. Hoje com novas
capacidades cognitivas e perceptivas, anotam o que veem em um vídeo, elaboram
perguntas para animar um chat; fazem uso da interatividade possível a partir
dos anos 90. Aquilo que se dizia da televisão e vídeo game nos anos outrora,
nos dias atuais se fala das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Com
a força que vem tendo tais mídias e a proporção que é utilizada, surgem também
as competências de como melhor usar e planejar o tempo, tarefas, testes,
formulários, etc. Talvez esse fascínio e robotização sejam carregados de alguns
males como, a mania e a dependência, com facilidade as pessoas se desligam das
relações físicas e socioafetivas ligando-se à realidades virtuais unicamente.
Esse processo social impactante tem sido estudado a partir de diferentes
abordagens, vendo que a penetração dessas “máquinas inteligentes” em nossa vida
social é incontestável. Assim são imensos os desafios impostos para a educação,
tanto na intervenção quanto na reflexão, a primeira questão pode ser assim
formulada: Como a escola pode contribuir para que as crianças sejam usuárias
criativas e criticas dessas ferramentas sem tornarem-se meras consumidoras
compulsivas? A segunda mais crucial é: Como a escola pública assegurar a
inclusão de todos na sociedade do conhecimento sem contribuir para futuros
“ciberanalfabetos”?
BELLONI,
Maria Luiza. O que é mídia é educação?
São Paulo: Autores Associados, 2005.
*Texto produzido para um projeto desenvolvido na disciplina: Pesquisa e suas estruturas.
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