terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Mídia e educação

A criança terá direito a liberdade de manifestar-se, esse direito a concede poder procurar, receber e passar informação independente do lugar aonde vive. Na forma de arte cultural ou qualquer outro meio da escolha infantil (ONU, 1989). O trabalho visa contribuir para os direitos da criança e do adolescente, com ênfase na educação que é base para qualquer meio. Faz-se necessário que de forma urgente, aconteça uma atualização na tecnologia educacional, pois uma nova “autodidaxia” vem sendo desenvolvida em meio aos jovens por vários anos (PERRIAULT, 1996a, p. 23). As crianças durante anos consumiram-se das curtas mensagens televisivas, habituaram a pegar os estilos nas falas, aspectos técnicos e estéticos. Em pesquisa feita nos anos 80 Greenfield (1980) constatou que crianças que viam muito a programas de tv tem uma melhor aptidão na criação de conceitos, de contextualizarem no meio onde viviam. Hoje com novas capacidades cognitivas e perceptivas, anotam o que veem em um vídeo, elaboram perguntas para animar um chat; fazem uso da interatividade possível a partir dos anos 90. Aquilo que se dizia da televisão e vídeo game nos anos outrora, nos dias atuais se fala das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Com a força que vem tendo tais mídias e a proporção que é utilizada, surgem também as competências de como melhor usar e planejar o tempo, tarefas, testes, formulários, etc. Talvez esse fascínio e robotização sejam carregados de alguns males como, a mania e a dependência, com facilidade as pessoas se desligam das relações físicas e socioafetivas ligando-se à realidades virtuais unicamente. Esse processo social impactante tem sido estudado a partir de diferentes abordagens, vendo que a penetração dessas “máquinas inteligentes” em nossa vida social é incontestável. Assim são imensos os desafios impostos para a educação, tanto na intervenção quanto na reflexão, a primeira questão pode ser assim formulada: Como a escola pode contribuir para que as crianças sejam usuárias criativas e criticas dessas ferramentas sem tornarem-se meras consumidoras compulsivas? A segunda mais crucial é: Como a escola pública assegurar a inclusão de todos na sociedade do conhecimento sem contribuir para futuros “ciberanalfabetos”?

BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia é educação? São Paulo: Autores Associados, 2005.
*Texto produzido para um projeto desenvolvido na disciplina: Pesquisa e suas estruturas.

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