quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Jobs; um ponto fora da curva

O Jobs foi um líder que não é a regra citada por outros grandes lideres, ao ponto de ouvir: não poderia ser diferente e conseguir os mesmos objetivos. E responder: “só sei ser assim”. Nesse texto quero citar o gênio com suas aulas de lideranças a sua maneira, tais ensinamentos são frutos do livrinho: As verdadeiras lições de liderança de Walter Isaacson.
É do Jobs a frase: “não contrate alguém inteligente, para dizer o que ele deve fazer”. O criador de sua biografia ouviu dele que sua equipe de trabalho era brilhante, poderiam sair a qualquer momento, mas não saíram. Fizeram coisas incríveis, sabiam a todo momento o que deveriam fazer e não perdiam tempo, pois para o gênio decidir o que não fazer é tão importante quanto decidir o que fazer. Sua equipe costumava se reunir em retiro (top 100), no quadro branco Jobs anotava dez coisas a fazer no final do retiro. Seu padrão de criação era a construção de produtos excelentes, absurdamente bons e não simplesmente aceitáveis.
Em um desses retiros ouviu a ideia de um membro da equipe, sobre fazer uma pesquisa de mercado. Respondeu de forma seca o NÃO. Completou: “as pessoas não sabem o que querem até que a gente mostre a elas. Henry Ford disse: se eu perguntasse as pessoas o que elas queriam, eles teriam dito: um cavalo mais rápido!”. Para Jobs sua tarefa era de ler coisas que nunca foram impressas.
O gênio participava de tudo, até não dormia pensando no próximo passo, pensando no melhor próximo passo. Disse: “fizemos o IPOD para nos mesmos e quando se faz algo para si mesmo, ou para seu melhor amigo, ou para sua família, você não vai fazer porcaria”. Colocava em pratica o que se chamava de distorção da realidade, tirando o máximo de todos, quando trabalhava na atari ouviu de um companheiro que determinado jogo levaria meses a ser feito, fez em dias.
Debi Coleman que trabalhou com Jobs disse: “você fazia o impossível, porque não percebia que era impossível”.
Larry Kenyon, responsável pelo sistema operacional do Macintosh questionado pela demora para ligar o aparelho tentou explicar o por que, foi interrompido por Jobs que perguntou: - se tivesse que salvar uma vida, você acharia um jeito de diminuir em 10 segundos mais rápido? Kenyon respondeu que provavelmente sim, e no fim diminuiu em 28 segundos o tempo.
Com o Iphone Jobs foi tão detalhista que participou ate do desenho da caixa do mesmo, uma noite sem dormir e fala com sua equipe sobre o aparelho: “pessoal, vocês se mataram para fazer o design nos últimos nove meses, mas vamos muda-lo. Vamos todos trabalhar de noite e fins de semana, se quiserem podemos distribuir umas armas para quem desejar se matar”.
Tal característica tão perfeccionista é contada como herança do pai. Um dia Jobs fez uma cerca com seu Pai, na finalização queria descuidar da parte de trás da mesma e disse: “ninguém nunca vai ver isso”. Seu pai respondeu, mas você vai saber.
Jobs tratou os seus como melhores, por isso pedia perfeição e sempre cobrando o máximo, em peças que ficariam escondidas cobrou acabamento bonito, pois seus companheiros saberiam que tais peças estariam ali. Nessa compreensão de que em sua equipe contava  com os melhores, dizia: “quando você tem pessoas realmente boas, não precisa trata-las como crianças”.
Por fim o gênio gostava de conteúdo e pouca tecnologia no processo de criação, gostava de encontros e debates ao ponto de dizer: “detesto quem usa apresentação de slide em vez de pensar; quem realmente sabe o que está falando, não precisa de PowerPoint”.

Pense diferente; continue faminto, continue louco.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Homens Sem Nada na Estrada

E lutar todo dia é a missão que movimenta pessoas que lotam os ônibus pela manhã nas grandes cidades, tem um dito que já é popular que dizem os guerreiros da labuta; “saio de casa sem saber se volto” graças a grande desordem na segurança do país, graças à corrupção. Olhando para o lado é fácil identificar essa luta de todos dos homens que não tem nada (música: Homem que não tinha nada) e dos homens da estrada (musica: homem na estrada).
O homem que não tinha nada é uma letra de José Tiago que virou música na voz do Projota. Narra à história de brasileiros que vivem essa luta diária por sua família, na letra o personagem tem por característica que vale destacar seu papel de super-herói: acordou cedo, por não ter nada não tem medo e encara a vida com sorriso no rosto, se despede da sua mulher com um beijo de língua, é um homem doente que tem fé.
O homem que não tinha nada tem uma mulher e três filhos, às vezes erra e por necessidade faz os seus “esquemas”. Como sempre seguiu sua rotina, só que de maneira diferente, abraçou como quem abraça pela ultima vez e de fato foi assim o poeta diz que o homem que não tinha nada encontrou outro homem que não tinha nada e esse homem colocou fim na história.
O homem na estrada é letra do Mano Brow, conta a história de alguém que esteve preso e que tenta mudar, ele tem um filho. Vive em uma realidade miserável, mal cheirosa e esquecida. Na narração se sabe que o IBGE esteve lá e não voltou e que grandes crimes acontecem ao redor e o seu desejo é que o filho esqueça aquele lugar e saia de lá... Um homem na estrada.
Sobre as escolas do lugar, não vão para estudar e sim o para comer. Um vendedor de porta da escola fica famoso, estampa capa dos jornais quando é baleado pelos robocops, com vinte anos de idade vira superstar das noticias populares. Apesar de querer mudar, seus antecedentes são lembrados quando começam acontecer roubos nas redondezas. Na madrugada na favela não existem leis, não dá mais tempo pra nada... Bang! Bang! Bang!
Os dois são vitimas sem serem omissos a condição de lutadores que precisavam encontrar meios de sobrevivência melhor para seus “para que”. Para o motivo que os faziam acordar cedo para ir lutar, na história de ambos os sonhos foram interrompidos e encontrados mortos sem nada na estrada.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Discurso de orador da formatura do curso de Pedagogia 2016 da Faculdade Integrada Brasil Amazônia - FIBRA

Caríssimos, estamos aqui reunidos em um dia de celebração de vitória, logo quero prestar nosso agradecimento e com esse mostrar lealdade ao MAIOR PEDAGOGO de todos os tempos o JESUS CRISTO, nosso camarada que esteve conosco em todos os momentos, nas noites de frio e grandes aflições, nas manhas de alegria em nossas buscas. Na carta de Provérbios na palavra do senhor ele disse: prepara-se o cavalo para o dia de batalha, pois o senhor é que dá a vitória. Ao senhor nossa maior referência, firmamos compromisso de fazer uso da pedagogia do Amor, olhando para cada um como o mestre nos pediu, seguindo seus passos e se dedicando com alteridade, pois até aqui o Senhor nos ajudou.
Nos conseguimos! Que bom que esse dia chegou, sonhamos com ele. Walt Disney disse: “Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade. Se você pode sonhar, você pode fazer”. Muito me honra ser o representante de uma turma de pedagogia, nesse discurso devo ecoar a alegria de 43 pedagogos em seu processo de busca inquieta e reflexiva, de curiosidade que os movimentou para aprender a aprender e aprendendo mediar o processo que produz conhecimento. Educação não é processo simples e acabado ao termino de um ciclo, isso esta vivo desde os primeiros momentos de nossa vida, professor Joaquim falou um dia: “escolheu ser educador, logo escolheu estudar pra sempre”. Assim um grande graças a Deus que esse processo segue e que venham mais dias como o de hoje. Um dia o Jobs disse que uma frase o marcou em sua trajetória: “sejam tolos, sejam famintos” para dizer prossigam a busca.
Nosso agradecimento se estende na direção dos nossos primeiros mestres, aqueles nos ensinaram a olhar as coisas e as configurar, que nos ensinaram a falar (principalmente as meninas lá do fundo da sala), que vibraram com nossos primeiros passos, nossos pais nasceram para ser nossos pais, a ter respeito pelos nossos semelhantes, sermos honesto e se preciso eles iam na escola perguntar de quem era o lápis que veio em nossa mochila. Alguns de nossos pais não sabiam ler, mas eram sábios de leitura de mundo. Nossos pais foram corajosos de dizer “vão viver e vão vencer”, “não criei filho pra desistir”, “vamos vencer juntos”.
Batalharam conosco, no caso de uma confrade quando a vida deixou de fazer sentido, eles foram a força que venceu a fraqueza. Nos deram autonomia para decidir, sabendo que podemos contar com eles, sonharam o nosso sonho e viveram o curso conosco. Pediram pra sermos estudiosas, pois sentiam orgulho de nos ver realizados e feliz. Nossos pais adaptaram alguns populares ditados em formato de bronca, como: O que tudo que a gente planta colhemos, então presta bem atenção no que tu tá plantando. Não nos deram tudo, nos mostraram que não podíamos ter tudo. Quando éramos crianças nem entendíamos, hoje a ficha caiu, foi ensinamento, foi preparação para mostrar que lutas se fazem necessárias para se ter o que se quer. Eles nos ensinaram a ser chatos. Por vezes foram, por muitas vezes mesmos e isso compreendemos hoje que faz parte do pacote de serem os melhores MESTRES DO MUNDO.
Aliado ao agradecimento aos nossos pais, queríamos expressar nossa gratidão aos avôs, pois em nossa turma tá cheio de criado com vó. Esse dia é pra vocês que ensinaram nossos pais a serem os melhores mestres do mundo e ainda participaram do nosso processo.
Aos nosso amigos, queríamos dizer primeiro que parabéns a vocês que agora tem um amigo pedagogo, só que vou dar um aviso, não é de graça nossa hora aula. Vocês são importantes nessa trajetória.
A escola nos presenteou com novos mestres, nas series iniciais achávamos esses tão importantes que chamávamos de “tias”. A academia nos reservou uma equipe que honrou o padrão FIBRA de qualidade, não nos apadrinharam em momento algum e por isso fizeram nossa caminhada mais rica. Ensinaram-nos que resenha é mais que um papo entre amigos, nos colocaram em frente a turma e fizeram caras e bocas para nossas apresentações, montaram debates e mediaram conflitos de acadêmicos que gostam de falar. Pediram pesquisas, nessas nos apresentaram: o pedagogo Paulo Freire que fora do Brasil aparece entre os 100 autores mais citados no mundo. Piajet, Rubem Alves, Luckesi, Fazenda, Henry, Skinner, Montessori, Wallon, Ferreiro, Saviani, Morin e outros mais.
Nossas parcerias com os mestres renderam grandes feitos, confecção de folder com pesquisa de campo. Um grande encontrão de ludicidade com presença de nossas crianças, que noite fantástica aquela; o circo, os brinquedos confeccionados com as crianças, as cantigas de roda, as contações de histórias... Nossas socializações das experiências de estagio, com nossas caças ao PPP das escolas. O encontro para arrecadar papel e colaborar com a cooperativa filhos do sol. Nossa visita aos espaços da Cidade Velha, bom mesmo era aquele Guia de turismo (um tal de Roberto França). Roma e sua civilização nos recebeu no Boulevard. Lanchamos nas creches, antes de oferecer nossas alegres atividades. brincamos de massa e cortamos papel, levamos discursos de esperança aos jovens da EJA. Por fim produzimos o TCC, foram dias difíceis mais compensadores.
Aqui em frente está esse menino que sonhou ser pedagogo sendo fruto da catequese, que junto a um policial bem altruísta, representaram o pequeno clube do bolinha nessa turma recheadas de ricas historias de lutas. Para está aqui nesse dia especialíssimo que vai virar quadro e ficar estampado em nossas paredes. Elas são um filme de ação com vários finais: são pedagogas, guerreiras que pegavam o ultimo ônibus, carona e até barco. Para muitos o momento de pesquisa foi o terceiro turno, nessa turma tem uma jovem com mais de 25 anos de atuação, uma guerreira que o pai chegou a ir pra aula junto, a namorada do DJ, a apaixonada por carnaval e samba,  na sexta comiam pizza quando sobrava o dinheiro não comprometido com as apostilas. Perderam entes queridos e para eles dedicamos nossa luta, roqueiras, alunas que trocaram UEPA e federal, regueiras, bagunceiras, bicolindas e leolindas, de mocajubinha, de Natal. Católicas, evangélicas umbandistas, MÃES, namoradas, esposas, donas de casa, diretoras.
A geografia da nossa turma sempre foi bem decidida; na direita do professor as meninas que em suas postagens diziam, mais que um grupo, somos amigas. Depois delas vinha as las descaradas, grupo de irmãs bem sucintas. Depois delas tinha a turma do fundo da sala, todos os eventos com festa tinha a gerencia delas. Ao lado delas estava as BFFS, que se vestiram de palhaças um dia e se reuniam na terra firme. Já chegando à esquerda das professoras na esquina estavam as pedagolindas, do recanto verde e das criativas confecções com materiais recicláveis. Próximo a mesa da professora estava um grupo muito unido, que gostavam de tomar duas depois das vitórias nas apresentações. No meio da sala os Queridões, esse grupo agradece a criação do WhatsApp, se reuniu muito por lá, estudou pra muitas provas via áudio do aplicativo.
A FIBRA é uma instituição que confiamos e que torcemos para continuar formando, pois fazem com qualidade.
Por fim, nos amamos atuar na educação, por isso estamos aqui. Jobs disse: “Você tem que descobrir o que ama fazer”. Nos descobrimos.
Rubem Alves disse: “As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor”. Nossos pais, amigos e a FIBRA formaram jovens cheio de vontade de construir um mundo melhor.
“Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”. Estamos aí para fazer.
Amém. Boa noite.
Jair Junior Conceição Marques





terça-feira, 7 de julho de 2015

Resumo do primeiro capitulo do livro: Jogo, brinquedo, brincadeira e educação


O Jogo na educação infantil. É extremamente difícil definir o que é jogo. Sabemos de suas diversas características e aplicabilidade, com crianças, adultos e políticos. O jogo podem ter regras padrões e também imaginarias, nem sempre vai esta ligado a satisfação, pois algumas vezes como em uma partida de futebol vai dar-se por obrigação e responsabilidades. O jogo normalmente faz pensar e são cercados de regras, estratégias e habilidades. A disputa se faz presente e se estamos em uma partida de dama, peteca ou futebol o que no fim queremos e ganhar. As diferentes formas em varias culturas fazem do jogo uma atividade complexa; uma criança em um quarto brincando de atirar flecha na parede, se observada por uma criança indígena vai ser definida de forma diferente de uma simples brincadeira. Pois para essa segunda criança o arco e a flecha é parte do seu cotidiano para a sobrevivência na caça e até na guerra. Segundo Jacques Henriot (1983,1989), o jogo apresenta “o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social, um sistema de regras e um objeto”. No primeiro a linguagem funciona fomo bases de expressões e formam certas leis de construções do cotidiano. Não existe um padrão para todos os lugares de jogo, o meio onde se vive vai definir ou não se determinada atividade se enquadra em ser um jogo. Cada sociedade pode atribuir a o entendimento da utilidade de um jogo. No segundo caso a continuidade determina o modelo a seguir a ação, o baralho, por exemplo, tem suas regras definidas e são diferentes de domino, isso faz cada um ser diferente e enquadrado em uma diferente configuração de jogo apesar de no fim apontar um vencedor. Já o terceiro aspecto o coloca como algo concreto, feito para aquela finalidade como as cartas de um baralho, as pedras de um domino e outros objetos. O brinquedo é algo que ajuda a compreensão deste meio, feito para ir muito além da imaginação da criança e até do adulto, o brinquedo e parte dos contextos imaginários e reais de uma criança. O fabricante de um brinquedo inteligentemente o adapta e o modela de acordo com a cultura que almeja, buscando sempre um positivo valor. A família do Jogo; existem vários significados aplicados a modelos de jogos, segundo o autor tem uma grande família de jogos de tabuleiro, cartas, bola etc. As características de um jogo; O prazer, o caráter “não serio”, a liberdade, separação de fenômenos cotidianos, regras, caráter fictícios e sua limitação de tempo e espaço. Já Vygotsky diz que nem sempre um jogo tem características, pode haver esforço e desprazer. De certo das características e que todos costumam ter tempo e espaço com sequencia própria das brincadeiras. Nem sempre uma brincadeira com tais características poderá ser definida como um jogo, segundo Garvey (1977), King (1979), Rubin e outros (1983), Smith e Vollstedt (1985) elaboram critérios mais recentes para identificar traços de um jogo; A não literalidade, efeito positivo, flexibilidade, prioridade do processo de brincar, livre escolha e o controle interno. As relações entre jogo infantil e a educação: paradigmas; tempos atrás essa relação era encontrada pela recreação, favorecimento do ensino e diagnostico da identidade infantil. No renascimento foi visto como um jeito de favorecer a inteligência e somar com o estudo, ao olhar para as necessidades do infantil. O romantismo constrói um novo lugar para crianças e suas atividades mais para o lado espontâneo e livre. Para Vygotsky (1988, 1987, 1982) [...] Os processos psicológicos são construídos a partir de injunções do contexto sociocultural. Seus paradigmas para explicitar o jogo infantil localizam-se na filosofia marxista-leninista, que concebe o mundo como resultado de processos histórico-sociais [...]. Tipos de brinquedos e brincadeiras; brinquedo educativo/jogo educativo com finalidades pedagógicas soma a educação, tornando-a prazerosa. Brinquedos tradicionais infantis, um modelo tradicional passada pelos pais e acrescenta ao currículo da criança uma boa oralidade, espontaneidade e convivência em grupo. Brincadeiras de faz de conta tem função similar a da anterior. Por fim as brincadeiras de construção desenvolvem a habilidade da criança, estimula a criar e aumenta o repertorio sensorial da mesma.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O "lado bom" de dois contos da noite

A educação está inserida em todos os cantos e contos, com a missão de ser protagonista para um povo capaz de pensar, ser bem mais que plateia na grande representação que consiste em viver. Em um primeiro momento as histórias de “contos da noite” nos levam a ver a pensar de forma metafórica, que a vida é um processo de construção como no primeiro momento de cada enredo a possibilidade de se recriar com valores que são partes fundamentais da protagonista educação, da vida daqueles a quem destinamos nosso currículo.

Primeira história: Nossa sociedade vive uma crise com valores que alguns dizem serem ultrapassados e outros defendem a ideia de uma inversão natural que haveria de acontecer, mas o certo e que se deparar com um conto de um menino que até o fim diz a verdade, tem que ser bem utilizada por nos que somos dinamizadores do processo de ensino e aprendizagem. Destacamos a parceria do menino com seu animal amigo, em nossos meios de mediação educacional é sempre bom difundir a amizade, o quão bom é criar laços de fidelidades e irmandade com quem percebemos cumplicidade, uma escola aonde os alunos se olham nos olhos, pois se compreendem como amigos haverá sempre vontade de nela está, de ser bem mais que um aluno e sim um participante do processo evolutivo da mesma. Depois destacaria da história o extraordinário que é a presença de alguém que nos “rouba” e se faz insubstituível, quão valor tem uma pessoa como a menina que lhe aparece e torna-se dona de seu querer. Na escola faz-se necessário falar das relações que envolvem sentimentos, por vezes como na história elas podem machucar como foi com o cavalo, por fim falar do centro da narrativa que é a “verdade”.
Estimular uma sociedade a pensar e buscar a verdade, pois ainda que os exemplos sejam contrários se gosta mesmo de ouvir a verdade, que valor tem em ser para o outro como queremos que os outros s sejam conosco. Que aquele rapaz que não mentiu nem para sua vitima (o cavalo) é um herói a servir de referencia, imitado por todos e que mesmo em momentos difíceis de adversidades, faz-se necessário dizer a verdade. Agora utilizar um discurso de valor implica em um compromisso do profissional que o faz, se cobro a verdade praticando mentiras, estou criando apenas um discurso certinho e pensadores não gostam de discursos, pensadores são filhos da pratica.
Segunda história: O conto do lobisomem reflete muito a realidade das amizades provisórias, dos amores roubados que o cinema e a televisão traduzem como realidade da vida de seus telespectadores.
Quem sabe guardar um segredo, as mídias estão ai entrelaçando a todos, para que tudo seja olhado com lente de aumento por todos em rede. Um segredo é um valor a ser explorado em uma turma, talvez até ser envolvido em um projeto. Na historia havia um segredo que foi confiado a quem não merecia uma indagação que pode levar crianças a uma reflexão: em quem confiar novamente os laços de amizades fazem-se presentes para frisar o quanto é importante ter amigos que não valorizam em dias atuais os “curtis” de revelar a história do outro. Amizades provisórias de pessoas que dizem nos amar, nem sempre merecem nossa confiança.
Mas a história tem vilã e mocinha, valorizar quem nos olha de verdade não é tarefa das mais fáceis, ai está uma grande lição de valor, não se constrói raiz com pressa e o lobisomem foi apressado em se revelar a alguém que lhe queria longe. Com calma ele conseguiria ver quem lhe observava de verdade, quem lhe tinha grande estima e lhe salvaria no fim, em uma obra de arte se olhar apressadamente vamos ver e poder descrevê-la, mas se olharmos com mais tempo a possibilidade de melhor compreensão torna-se maior, as crianças de hoje estão se acostumando a correria imposta por uma sociedade que diz que eles devem saber tudo, por vezes acabam só decorando saberes sem o prazer do aprender de verdade.
Descobrir amores é tarefa da escola também, aliás, começo o texto dizendo que a educação está inserida em todos os cantos e contos, no amor não é diferente. O poeta disse que: “Ainda que falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria”. Ousamos dizer que o autor poderia acrescer a educação ao amor, pois os dois juntos fazem uma pessoa “ser”.
Com essas duas narrativas compreendemos que historias infantis são muito mais que meros entretenimento para recreação, são ferramentas para estimular valores essenciais para o currículo de qualquer pensador, entretanto faz-se necessário compreender o aluno dessa forma: como alguém capaz de pesquisar e pensar diante de uma história.

Referência
Os contos da Noite (festival de Berlim). OCELOT, Michel. França, 2011. 1h24min, Animação.



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Comunicação: O sucesso de histórias tristes

Como um fã da Clarisse, utilizo nesse texto suas letras com histórias dramáticas que fazem sucesso por seu bom humor, para falar de boa comunicação.

A boa comunicação segundo os palestrantes motivacionais é parte importantíssima para o êxito de um profissional de sucesso. Alguém que sabe comunicar-se bem consegue até fazer o feio ficar bonito. Tomo como exemplo para uma reflexão as letras da cantora e atriz Clarice Falcão, que milita no meio da música com algumas letras que em minha opinião narram à tristeza de histórias que deveriam ser de amor.
Na história da música “Monomania”, ela cria uma louca compositora que compõe sempre para o mesmo como sugere o titulo, que até tenta se desfazer do vicio jurando buscar outra inspiração mais que acaba no mesmo. O triste é quando no fim ela diz que se juntarem seus versos, tudo que via ser encontrado será ele. Uma declaração maluca, que talvez aconteça na vida de gente que depositou no outro a vida.
Em “eu esqueci você”, um recado ao amado (imagina se não houvesse esquecido), uma grande brincadeira com o que se está dizendo e o que de fato parece ser a realidade. Lembrando-se dele ela diz que está tudo muito melhor agora, que foi bom ter acontecido sua partida, que se aparecer uma ligação de madrugada (insônia por ele) foi engano e que esse recado é para dizer que não sente mais nada.
Na letra de “Macaé”, um romance platônico de uma insegura. Parece uma carta endereçada a alguém que não vai aceitar, ela diz com medo e já entrega as respostas de fuga. Ele é tudo que ela sempre quis, ela conhece o mapa astral dele, decorou seu RG, tem a senha do cartão dele, grampeou o celular dele e comprou veneno para os dois se matarem. Ela até queria que ele ficasse com ela, mas entende sua fuga e se fosse ele, também fugia.
Na letra de “um só”, outra loucura de uma insegura que a autora não mostra um final, mas que provavelmente não é bom. Ela se entende como parte dele, intimida ele com sua ideia de que não são dois, sem ele ela não existe, ele é gêmeo dela ou ela já não se enxerga só consegue ver ele. Ela imagina que se ele os cortar ao meio, que se acontecer um fim, ele vai ficar bem e ela vai morrer.
Tudo aparentemente trágico, mas com o bom humor de uma atriz que trabalha com o riso das pessoas. A boa comunicação de quem sabe falar e por isso alcança o sucesso como disseram os palestrantes citados no inicio do texto.


Trazendo isso para o lado da educação: a educação acontece de forma reflexiva, quando pensamos (como educadores) as praticas da comunicação sensível ao saber do aluno e não reproduzindo como únicos detentores do saber. Quando tornamos a comunicação mais atraente, quando não buscamos narrar como uma televisão tornando o aluno um; espetador conservador, que não tem voz e que tem que ser tratado como uma vasilha como dizia Paulo Freire (1986). 

terça-feira, 31 de março de 2015

Ele e ela (Jesus e Maria)

Por ocasião da semana santa, um texto curto e reflexivo sobre o protagonista da história que nunca esteve só.

Um anjo veio do céu para dar a dica para ela, que seria mãe de um menino que seria grande, ela aceitou a missão mesmo não sabendo de tudo, mesmo provavelmente com medo, viu varias crianças morrerem sabendo que queriam matar seu filho. Presenciou seus primeiros passos, seus primeiros risos e brincadeiras, deve ter ensinado Ele a ter autonomia. Perdeu-se dEle quando  ainda tinha 13 anos, o encontrou em um lugar onde ela o havia ensinado a ir, falando para os capacitados da época.
Uma noite bateram em sua porta e a contaram a noticia de que Ele estava preso, ela foi ao encontro do seu filho e acompanhou o cumprimento das palavras do profeta Simeão: “uma espada traspassará tua alma” (Lc 2, 35) se tornarem concretas. Chegou e não encontrou os amigos do seu filho, fez vigília por ali, o viu ir para ficar diante de Herodes para ser ridicularizado e depois o viu regressar para ter sua sentença definida por Pilatos (o marido da Claudia). Seu filho foi condenado e a primeira pena foi de levar 39 chibatadas, ficou de pé com outras mulheres que a faziam companhia e João.
Na sequencia viu seu filho está diante de Pilatos com o rosto ensanguentado e todo sujo, ela está no meio da multidão olhando a cena, participando do lado menor. O lado daqueles que se posicionaram contra o que acontecia com Ele. Presenciou a distancia a conversa entre Ele e seu julgador, viu provavelmente os olhos de medo do Pilatos, ouviu seu grito: “Não acho nenhum crime neste homem”. Acompanhou a condenação de fato, com gritos de crucifica-o e com preferencia a Barrabas. Seguiu o cortejo vendo as zombarias, as cusparadas e as quedas de seu menino. Sentiu as dores de vê-lo pregado na cruz, de olhar seu corpo erguido em sacrifício, ficou ali próximo à cruz escutando suas ultimas palavras e a entregando ao seu discípulo amado. Por fim mesmo com a inutilidade de seu corpo morto, teve seu filho no colo, uma imagem que ficou conhecida como Pieta e que o Michelangelo esculpiu tão brilhantemente, quando interrogado o porquê de ela ser tão jovem, o artista teria dito: “Quem fica próximo de Jesus sempre fica jovem”. Ele a olhou provavelmente e nunca esteve só, sua mãe (ela) sempre esteve por perto retribuindo o seu olhar.