Por ocasião da semana santa, um texto curto e reflexivo sobre o protagonista da história que nunca esteve só.
Um anjo veio do céu para dar a dica para ela,
que seria mãe de um menino que seria grande, ela aceitou a missão mesmo não
sabendo de tudo, mesmo provavelmente com medo, viu varias crianças morrerem
sabendo que queriam matar seu filho. Presenciou seus primeiros passos, seus
primeiros risos e brincadeiras, deve ter ensinado Ele a ter autonomia. Perdeu-se
dEle quando ainda tinha 13 anos, o encontrou em um lugar
onde ela
o havia ensinado a ir, falando para os capacitados da época.
Uma noite bateram em sua porta e a contaram a
noticia de que Ele estava preso, ela foi ao encontro do seu filho e
acompanhou o cumprimento das palavras do profeta Simeão: “uma espada
traspassará tua alma” (Lc 2, 35) se tornarem concretas. Chegou e não encontrou
os amigos do seu filho, fez vigília por ali, o viu ir para ficar diante de Herodes
para ser ridicularizado e depois o viu regressar para ter sua sentença definida
por Pilatos (o marido da Claudia). Seu filho foi condenado e a primeira pena
foi de levar 39 chibatadas, ficou de pé com outras mulheres que a faziam
companhia e João.
Na sequencia viu seu filho está diante de
Pilatos com o rosto ensanguentado e todo sujo, ela está no meio da
multidão olhando a cena, participando do lado menor. O lado daqueles que se
posicionaram contra o que acontecia com Ele. Presenciou a distancia a
conversa entre Ele e seu julgador, viu provavelmente os olhos de medo do
Pilatos, ouviu seu grito: “Não acho nenhum crime
neste homem”. Acompanhou a condenação de fato, com gritos de crucifica-o
e com preferencia a Barrabas. Seguiu o cortejo vendo as zombarias, as
cusparadas e as quedas de seu menino. Sentiu as dores de vê-lo pregado na cruz,
de olhar seu corpo erguido em sacrifício, ficou ali próximo à cruz escutando suas
ultimas palavras e a entregando ao seu discípulo amado. Por fim mesmo com a
inutilidade de seu corpo morto, teve seu filho no colo, uma imagem que ficou conhecida
como Pieta e que o Michelangelo esculpiu tão brilhantemente, quando interrogado
o porquê de ela ser tão jovem, o artista teria dito: “Quem fica próximo de
Jesus sempre fica jovem”. Ele a olhou provavelmente e nunca
esteve só, sua mãe (ela) sempre esteve por perto retribuindo o seu olhar.
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