Professor não pode estudar para ser uma televisão, alguém que transmite o saber pronto e torna o aluno uma vasilha. O texto a seguir é fruto do dialogo acerca da obra acima citada, do grande mestre Paulo Freire.
Pedagogia do Oprimido
Um livro de um sonhador que
busca abrir olhos de uma sociedade de oprimidos e opressores, alertando para
necessidade de um ensino que abra as correntes de uma escravidão que vive a
classe dominada. Neste pensamento o educador através
de uma educação dialógica problematizante e participante, alicerçada na
confiança no povo, na fé nos homens e na criação de um mundo.
O destaque inicial é dado ao
“medo da liberdade” de deixar de ser ingênuo para ser critico, pensar e buscar
meios de transformar os meios que se vive pode vir a se tornar uma ameaça à
classe dominadora, que não pensa poder ser a primeira a agir para um ensino a todos,
essa luta precisa partir dos oprimidos, um olhar bem Marxista de uma sociedade
desigual.
Depois o autor justifica o
tema mostrando o homem como sujeito histórico da sociedade que se insere, não
sendo um alienado condicionado a pensar igual, a receber uma noticia e
absorve-la sem pensar tornando-se massa de manobra do opressor. Quem é o
opressor? Um sujeito desumanizado, que dita às regras impondo-se sobre os
oprimidos buscando os seus interesses e o poder (ser mais). Quem é o oprimido?
Alguém que busca a mudança (ou deveria) e transformação social, tornando a
sociedade mais humanizada (ser menos). A ideia não é uma guerra e sim a humanização
do ensino com uma restauração de libertação.
Ninguém se liberta sozinho,
o homem se liberta em comunhão. As ações e organizações devem se dar em
conjunto, logo se faz necessária a união de oprimidos na luta por uma causa.
O financiamento estudantil
tratado por Freire está no como é passado o conhecimento, uma cultura gerada
nas classes mais ricas, se impõem como uma verdade absoluta e o oprimido acabam
tendo que aceitar isso. Um professor que joga a cultura como uma informação
manipuladora é um veiculo de opressão. Se o professor que segundo o autor é um
oprimido também, não cercar-se de cuidados acaba passando a frente o desejo de
continuidade dos opressores. Um antidoto para isso é acabar com o
“reprodutivísmo” na instituição escolar, tornando-se um instrutor por
excelência com possibilidades de transformar o aluno. Assim o professor estará
a serviço da libertação, Freire diz que: “Os homens se educam entre si
mediatizados pelo mundo”.
O autor propõe um dialogo
entre professor e aluno, que deve ser uma forma de investigação dos temas a
serem trabalhados, chamado de tema gerador. Sem dialogo não tem tema gerador e
sim temas pré-estabelecidos; nesses o professor decide o tema, o conceito e
como será o processo de manipulação. Três pontos são importantíssimos para
decisão do tema gerador em uma ação dialógica: colaboração, união, organização
e síntese cultural.
Enfim educação para Paulo
freire é muito mais do que um ato pedagógico, é um ato politico.
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