O
desenvolvimento Social a partir do que determinam as diretrizes pedem que a
relação seja contextualizada por uma visão e participação maior de todos
envolvidos na educação. Segundo o conceito amplo de educação, ela é um processo
que ocorre com toda interação social, isso implica troca de informações e
conhecimentos com modificação de comportamentos.
A
criança deve ser constantemente estimulada para se tornar um ser criativo,
independente e capaz de encontrar respostas para suas indagações. Nesse
processo a importância da dimensão interativa vem sendo, desde há muito tempo,
ressaltada pela psicologia (Mead, 1934; Piaget, 1977; Wallon, 1945).
Deixando
claro que a cooperação intelectual em torno de um problema comum é fator
fundamental no desenvolvimento. As trocas de parceiros: adulto/criança e
criança/criança, são não só valorizadas como incentivadas na medida em que
resultam, na experiência humana, em conhecimento do outro e em conhecimentos
construídos com os outros. Assim não resta duvida de que a abordagem da
aprendizagem escolar em termos de interação é de fundamental importância.
Assim
sendo, a convivência educador-educando é uma forma de interação motivadora para
o processo educativo infantil, uma vez que é no plural que os singulares elaboram
conhecimentos. Por isso, o professor precisa analisar a todo o momento sobre
sua prática, fundamentando-se em uma base teórica e sólida.
Hoje,
o educador reconhece até onde pode ir no conhecimento prévio de cada atividade,
nesse sentido a dinâmica da aprendizagem que envolve a ligação professor-aluno
deve chegar a todos os aspectos, visando assim as suas condições de vida,
com a escola, o discernimento e
compreensão do conhecimento sistematizado a ser aprendido.
É
fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma
que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos
guias de professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro do
poder, mas, pelo contrário, o pensar certo supera o ingênuo tem que ser
produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. (Freire
1996, P.43)
Com
base no autor, não fica dúvida acerca de que na formação docente é de grande
importância que o profissional tenha consciência de que o pensar de forma correta
não é nenhum presente, e nem é como receita de pudim de açaí, ao contrário, ele
supera os gigantescos desafios dessa profissão, e que existe necessidade de
querer e buscar o que se pretende no âmbito da profissão.
A
relação entre ensino e aprendizagem no âmbito infantil recebe uma cobrança
maior de um ensinar menos mecanizado e com formas magicas. Requer atualizações
no formato da transmissão da arte de ensinar. A relação hoje precisa de uma
interação que leve o aluno e educador a entender que o processo aprendizagem
acontece de forma recíproca no qual todos os envolvidos tem papel de destaque.
O
compositor e músico Gabriel Pensador na canção Estudo errado fez a seguinte
contribuição: “O ideal é que a escola nos
prepare pra vida, discutindo e ensinando os problemas atuais e não me dando as
mesmas aulas que eles deram pra os meus pais.” (1995).
Desta
forma, as relações entre educador e educando envolvem comportamentos
intimamente relacionados, em que atitudes e comportamento de um promovem as do
outro. O aluno não é um HD de um computador, um fichário ou uma maleta. Pelo
contrario é um individuo com varias possibilidades de compreensão, cheio de
expectativas e possibilidades de intervir e contribuir para que o ensino seja
atrativo e não monótono. Assim como o professor o educando deve ser olhado como
sujeito interativo e ativo no processo da educação. O trabalho do professor em
sala de aula, bem como seu relacionamento com os alunos é expressado pela
relação que ele tem com a sociedade e com cultura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário