sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Os “pormenores” do meu primeiro seminário, nesses dias de bater no “creio” do outro.

Falar de religião em publico não é um tema fácil, principalmente quando não houve uma boa preparação para isso, podem-se criar grandes debates vazios por se querer impor sua maneira de pensar. Nas mídias isso ocorre com muita frequência e a frase de são Paulo (não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero) se faz atual a essa tentativa de imposição do certo ou errado.


Depois da passagem do ano, depois também dos acontecimentos recentes na França, os soberbos da fé vem se batendo nas mídias sociais. Isso me fez recordar da primeira apresentação de seminário que fiz nas integradas. Pesquisamos por algumas semanas nosso assunto a ser apresentado no primeiro grande seminário da fase inicial do curso, estava tranquilo e com expectativa de uma grande apresentação, pois havia estudado muito e me envolvido na pesquisa.
Éramos três e meia hora para exposição, logo dividimos o tempo igual para todos desenvolverem sua explanação. Eu fiquei responsável por encerrar e ‘ela’ que seria a segunda a se apresentar me diz: “não estudei muito, o que faço?”. Primeiro confesso que fiquei feliz, pois pensei logo no tempo maior que poderia ter para desenvolver minha parte, depois pensei na melhor dica que se pode dar para uma pessoa que está nervosa (em minha opinião). Disse para que interagisse com os falantes da turma, discursando em tom de perguntas para os ouvintes.
Assim ela fez a cada slide fazia algumas perguntas incitando as pessoas que nada falavam. Até que uma imagem do papa fazendo uma crítica a determinado gênero foi um estopim para um demorado debate, ela passou a dinamizar uma discursão que não queria ter fim, pois as pessoas são ligadas muitas vezes de forma radical a suas crenças. Respeitar o que o outro acredita  ou aceitar o discurso que o outro prega é característica dos que são considerados frios para os “seguidores” ferrenhos de uma fé de imposição.
Exemplificando: No natal quanta gente dizendo que a cor que para outros tem significado, não significava nada. Que pular ondas é uma bobagem, que comer tal semente não leva a nada. E dizem isso se sentindo grandes Cristãos do mundo, quando em minha opinião deveriam era se envergonhar de tamanha soberba e buscar o confessionário (no caso dos católicos). Falo com maior propriedade do assunto aos católicos, pois sou um. Devemos olhar com maior respeito o que o outro acredita, do contrario estamos seguindo outro que não o cristo. Papa Francisco disse: “Se um de nós não acha que precisa da misericórdia de Deus, se ele não se considera um pecador, é melhor que ele não vá à missa”. Logo não deveríamos ficar apontando dedo para o que o outro acredita como errado, não deveríamos ficar se achando os certinhos da história quando o nosso líder diz que se somos certinhos nem de missa precisamos.
No caso da França, muita gente saindo nas ruas impulsionadas pela força da mídia que levantava uma bandeira “liberdade de expressão”, bombardeando os “terroristas” que antes em minha opinião foram bombardeados também. Liberdade sem respeitar ao outro, batendo naquilo que o outro acredita tem o poder de fazer movimentar e acordar a fúria de radicais movidos pelo sagrado assim como um slide que inicia um debate de critica a um personagem, ou uma postagem no facebook.
O poeta disse: “tudo o que move é sagrado e remove as montanhas”. Entendo que se queres tirar o outro do seu conforto, do silencio de uma apresentação e fazer o mesmo mover montanhas. Basta tocar na fé dele, sem respeito e com soberba que dependendo de sua crença a montanha pode cair sobre você. Tive pouco tempo para minha apresentação, tive um publico um tanto emburrado, pois queria continuar discutindo ferozmente religião que deve ser no sentido da palavra a ligação do homem a Deus, mas que para muitos serve para ser motivo de guerra e vaidade sobre os “errados”. 

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