O filme
conta a história do menino Ishaan Awasthi, ele tem dislexia, e na família a maior dificuldade de ser compreendido. Na escola ver as letras dançando
e passa alguns perrengues por tal visão distorcida. Seu pai que é um homem mais
rude o trata com certa dose de insensibilidade.
Seus pais ao
serem chamados na escola pela direção, tentam buscar melhora do filho com cobranças
duras, pois seu irmão só tira notas boas. Prometem coloca-lo em um colégio
interno e o menino então se desespera e promete melhorar sendo que não
consegue. Assim e levado ao colégio aonde
passa por um período depressivo, com pouca vontade de aprender. No internato a
filosofia é “Disciplinar Cavalos Selvagens”.
Um
professor substituto aparece como super herói da historia, não era um simples
professor tradicional antes visto pelo mesmo, não seguia o padrão das normas.
Era como quer Edgar Morin: um alguém interessado no ser humano com uma
metodologia diferente. Esse professor vai ser o responsável por de verdade olhar
Ishaan e conhece-lo. Vai perceber a dislexia e fazer o que ninguém antes havia
feito: ajuda-lo.
Com
conhecimento do caso ele tira o menino do abismo no qual o mesmo se encontrava,
ensina-o a ler e escrever fazendo com que o mesmo supere alguns traumas, as
limitações e resinificando a vida e o processo de aprender. O filme mostra a
importância do professor e seu poder de transformação nos alunos. É necessário
que o educador tenha sua própria metodologia de ensino, de forma a motivar a
compreensão dos alunos, tornando a sala de aula, um lugar agradável e
estimulante.
Nas escolas anteriores os
professores olhavam com lente de aumento para os erros e não percebiam tratar-se de uma criança diferente
do padrão que naquele caso era quebrado, não percebiam que ali precisava haver
uma soma de professor e aluno para um aprender diferenciado. Penso que o filme
mostra o quão falho é uma avaliação pautada apenas na nota, a fala de Celso
Vasconcelos acerca da avaliação continuada é saída para uma proximidade do
professor e aluno e a possibilidade de não haverem erros como os do filme.
Como estrelas na terra é uma
lição de vida, a prova de que um tratamento com respeito e proximidade é capaz
de ser antidoto para tantas discriminações e o ressurgimento de um mundo
melhor. Acredito que a arte e o incentivo a produções por alunos na escola,
utilização da identidade de cada um fazem a educação mais prazerosa. A dislexia é um trastorno que precisa ser identificado o quanto antes para um melhor desenvolvimento, e o que melhorou a vida do garoto não foi a descoberta da doença, mas sim,
os novos métodos utilizados pelo educador, fazendo com que o menino conseguisse
adaptar-se a sua diferença.
Faz-se
necessário que profissionais da educação e futuros docentes saibam intervir em
tais situações e as demais prováveis no âmbito educacional.
----------------------------------------------------------------------------------------
COMO estrelas na terra. Direção Aamir Khan. Walt Disney Home Entertainment, Índia – 2007. 165
min.
Nenhum comentário:
Postar um comentário