Ela cresce olhando o jeito da mãe e
acha interessante a luta de sua genitora. Sua força em conseguir dar conta de
uma casa sem a presença de um homem, além dela e sua mãe mais um irmão moram em
sua casa.
Aos onze anos é responsável por vigiar
seu companheiro de quarto, seu irmão, pois durante a noite a mãe sai para
trabalhar. No outro dia sua mãe está firme para lhe servir o café, leva a
escola e depois vai buscar. Chegam a casa e o almoço em alguns instantes está
pronto, almoçam juntas e de tarde ainda fazem a tarefa de casa e o dever de
casa.
Essa é a rotina ordinária de uma amiga
com quem tive o prazer de partilhar conhecimento um dia, ela me narrou um pouco
do quanto ela admira sua mãe e a historia de amor que as duas protagonizam
junto ao seu irmão. Uma família que vive o processo de viver em conjunto
imagina; o quão difícil deve ser a dinâmica de sobreviver dos personagens dessa
história, sim, pois as barreiras devem ser grandes afinal são duas crianças e
uma mãe que às vezes precisa pedir socorro, pois alguém deve adoecer um dia.
Essa mãe vive a vocação de assumir-se
mãe de verdade com todos os ossos do oficio, seu papel e admirado por sua
principal beneficiada, aquela para quem o suor e destinado. É muito fácil
cobrar a escola reflexão, cobrar professores comprometidos e ficar esperando
acontecer. Essa mãe segura o lápis junto à filha mesmo com o cansaço de uma
noite de trabalho, prepara o café e senta junto à mesa, imaginem a conversa das
duas sobre o que vai acontecer hoje logo pela manhã, almoçam juntas e logo
imagino que falam de como esta sendo o dia, isso a torna presente e não uma
espectadora da vida da filha.
Acabei não me alongando na história e
não buscando saber quem poderiam ser os socorristas, não me informando sobre o
trabalho da mãe e outras duvidas que a história suscita. O lado bom de não se
saber quem são os coadjuvantes desse enredo é tentar imagina-los, mais que isso
é ter uma heroína que assume seu papel de MÃE.
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