O
Jogo na educação infantil. É extremamente difícil definir o que é jogo. Sabemos
de suas diversas características e aplicabilidade, com crianças, adultos e
políticos. O jogo podem ter regras padrões e também imaginarias, nem sempre vai
esta ligado a satisfação, pois algumas vezes como em uma partida de futebol vai
dar-se por obrigação e responsabilidades. O jogo normalmente faz pensar e são
cercados de regras, estratégias e habilidades. A disputa se faz presente e se
estamos em uma partida de dama, peteca ou futebol o que no fim queremos e
ganhar. As diferentes formas em varias culturas fazem do jogo uma atividade
complexa; uma criança em um quarto brincando de atirar flecha na parede, se
observada por uma criança indígena vai ser definida de forma diferente de uma
simples brincadeira. Pois para essa segunda criança o arco e a flecha é parte
do seu cotidiano para a sobrevivência na caça e até na guerra. Segundo Jacques
Henriot (1983,1989), o jogo apresenta “o resultado de um sistema linguístico
que funciona dentro de um contexto social, um sistema de regras e um objeto”.
No primeiro a linguagem funciona fomo bases de expressões e formam certas leis
de construções do cotidiano. Não existe um padrão para todos os lugares de
jogo, o meio onde se vive vai definir ou não se determinada atividade se
enquadra em ser um jogo. Cada sociedade pode atribuir a o entendimento da
utilidade de um jogo. No segundo caso a continuidade determina o modelo a
seguir a ação, o baralho, por exemplo, tem suas regras definidas e são
diferentes de domino, isso faz cada um ser diferente e enquadrado em uma
diferente configuração de jogo apesar de no fim apontar um vencedor. Já o
terceiro aspecto o coloca como algo concreto, feito para aquela finalidade como
as cartas de um baralho, as pedras de um domino e outros objetos. O brinquedo é
algo que ajuda a compreensão deste meio, feito para ir muito além da imaginação
da criança e até do adulto, o brinquedo e parte dos contextos imaginários e
reais de uma criança. O fabricante de um brinquedo inteligentemente o adapta e
o modela de acordo com a cultura que almeja, buscando sempre um positivo valor.
A família do Jogo; existem vários significados aplicados a modelos de jogos,
segundo o autor tem uma grande família de jogos de tabuleiro, cartas, bola etc.
As características de um jogo; O prazer, o caráter “não serio”, a liberdade,
separação de fenômenos cotidianos, regras, caráter fictícios e sua limitação de
tempo e espaço. Já Vygotsky diz que nem sempre um jogo tem características,
pode haver esforço e desprazer. De certo das características e que todos costumam
ter tempo e espaço com sequencia própria das brincadeiras. Nem sempre uma
brincadeira com tais características poderá ser definida como um jogo, segundo
Garvey (1977), King (1979), Rubin e outros (1983), Smith e Vollstedt (1985)
elaboram critérios mais recentes para identificar traços de um jogo; A não
literalidade, efeito positivo, flexibilidade, prioridade do processo de
brincar, livre escolha e o controle interno. As relações entre jogo infantil e
a educação: paradigmas; tempos atrás essa relação era encontrada pela
recreação, favorecimento do ensino e diagnostico da identidade infantil. No
renascimento foi visto como um jeito de favorecer a inteligência e somar com o
estudo, ao olhar para as necessidades do infantil. O romantismo constrói um
novo lugar para crianças e suas atividades mais para o lado espontâneo e livre.
Para Vygotsky (1988, 1987, 1982) [...] Os processos psicológicos são
construídos a partir de injunções do contexto sociocultural. Seus paradigmas
para explicitar o jogo infantil localizam-se na filosofia marxista-leninista,
que concebe o mundo como resultado de processos histórico-sociais [...]. Tipos
de brinquedos e brincadeiras; brinquedo educativo/jogo educativo com
finalidades pedagógicas soma a educação, tornando-a prazerosa. Brinquedos
tradicionais infantis, um modelo tradicional passada pelos pais e acrescenta ao
currículo da criança uma boa oralidade, espontaneidade e convivência em grupo.
Brincadeiras de faz de conta tem função similar a da anterior. Por fim as
brincadeiras de construção desenvolvem a habilidade da criança, estimula a
criar e aumenta o repertorio sensorial da mesma.
terça-feira, 7 de julho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
O "lado bom" de dois contos da noite
A educação está inserida em todos os cantos e contos, com a missão de ser protagonista para um povo capaz de pensar, ser bem mais que plateia na grande representação que consiste em viver. Em um primeiro momento as histórias de “contos da noite” nos levam a ver a pensar de forma metafórica, que a vida é um processo de construção como no primeiro momento de cada enredo a possibilidade de se recriar com valores que são partes fundamentais da protagonista educação, da vida daqueles a quem destinamos nosso currículo.
Primeira
história: Nossa sociedade vive uma crise com valores que alguns
dizem serem ultrapassados e outros defendem a ideia de uma inversão natural que
haveria de acontecer, mas o certo e que se deparar com um conto de um menino
que até o fim diz a verdade, tem que ser bem utilizada por nos que somos
dinamizadores do processo de ensino e aprendizagem. Destacamos a parceria do
menino com seu animal amigo, em nossos meios de mediação educacional é sempre
bom difundir a amizade, o quão bom é criar laços de fidelidades e irmandade com
quem percebemos cumplicidade, uma escola aonde os alunos se olham nos olhos,
pois se compreendem como amigos haverá sempre vontade de nela está, de ser bem
mais que um aluno e sim um participante do processo evolutivo da mesma. Depois
destacaria da história o extraordinário que é a presença de alguém que nos
“rouba” e se faz insubstituível, quão valor tem uma pessoa como a menina que
lhe aparece e torna-se dona de seu querer. Na escola faz-se necessário falar
das relações que envolvem sentimentos, por vezes como na história elas podem
machucar como foi com o cavalo, por fim falar do centro da narrativa que é a
“verdade”.
Estimular uma sociedade a
pensar e buscar a verdade, pois ainda que os exemplos sejam contrários se gosta
mesmo de ouvir a verdade, que valor tem em ser para o outro como queremos que
os outros s sejam conosco. Que aquele rapaz que não mentiu nem para sua vitima
(o cavalo) é um herói a servir de referencia, imitado por todos e que mesmo em
momentos difíceis de adversidades, faz-se necessário dizer a verdade. Agora
utilizar um discurso de valor implica em um compromisso do profissional que o
faz, se cobro a verdade praticando mentiras, estou criando apenas um discurso
certinho e pensadores não gostam de discursos, pensadores são filhos da
pratica.
Segunda
história: O conto do lobisomem
reflete muito a realidade das amizades provisórias, dos amores roubados que
o cinema e a televisão traduzem como realidade da vida de seus telespectadores.
Quem sabe guardar um
segredo, as mídias estão ai entrelaçando a todos, para que tudo seja olhado com
lente de aumento por todos em rede. Um segredo é um valor a ser explorado em
uma turma, talvez até ser envolvido em um projeto. Na historia havia um segredo
que foi confiado a quem não merecia uma indagação que pode levar crianças a uma
reflexão: em quem confiar novamente os laços de amizades fazem-se presentes
para frisar o quanto é importante ter amigos que não valorizam em dias atuais
os “curtis” de revelar a história do outro. Amizades provisórias de pessoas que
dizem nos amar, nem sempre merecem nossa confiança.
Mas a história tem vilã e
mocinha, valorizar quem nos olha de verdade não é tarefa das mais fáceis, ai
está uma grande lição de valor, não se constrói raiz com pressa e o lobisomem
foi apressado em se revelar a alguém que lhe queria longe. Com calma ele
conseguiria ver quem lhe observava de verdade, quem lhe tinha grande estima e
lhe salvaria no fim, em uma obra de arte se olhar apressadamente vamos ver e
poder descrevê-la, mas se olharmos com mais tempo a possibilidade de melhor
compreensão torna-se maior, as crianças de hoje estão se acostumando a correria
imposta por uma sociedade que diz que eles devem saber tudo, por vezes acabam
só decorando saberes sem o prazer do aprender de verdade.
Descobrir amores é tarefa da
escola também, aliás, começo o texto dizendo que a educação está inserida em
todos os cantos e contos, no amor não é diferente. O poeta disse que: “Ainda
que falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria”. Ousamos dizer que o
autor poderia acrescer a educação ao amor, pois os dois juntos fazem uma pessoa
“ser”.
Com essas duas narrativas
compreendemos que historias infantis são muito mais que meros entretenimento
para recreação, são ferramentas para estimular valores essenciais para o
currículo de qualquer pensador, entretanto faz-se necessário compreender o
aluno dessa forma: como alguém capaz de pesquisar e pensar diante de uma
história.
Referência
Os
contos da Noite (festival de Berlim). OCELOT, Michel. França, 2011. 1h24min,
Animação.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Comunicação: O sucesso de histórias tristes
Como um fã da Clarisse, utilizo nesse texto suas letras com histórias dramáticas que fazem sucesso por seu bom humor, para falar de boa comunicação.
A boa
comunicação segundo os palestrantes motivacionais é parte importantíssima para
o êxito de um profissional de sucesso. Alguém que sabe comunicar-se bem
consegue até fazer o feio ficar bonito. Tomo como exemplo para uma reflexão as
letras da cantora e atriz Clarice Falcão, que milita no meio da música com
algumas letras que em minha opinião narram à tristeza de histórias que deveriam
ser de amor.
Na história da
música “Monomania”, ela cria uma louca compositora que compõe sempre para o
mesmo como sugere o titulo, que até tenta se desfazer do vicio jurando buscar
outra inspiração mais que acaba no mesmo. O triste é quando no fim ela diz que se
juntarem seus versos, tudo que via ser encontrado será ele. Uma declaração
maluca, que talvez aconteça na vida de gente que depositou no outro a vida.
Em “eu esqueci
você”, um recado ao amado (imagina se não houvesse esquecido), uma grande
brincadeira com o que se está dizendo e o que de fato parece ser a realidade. Lembrando-se
dele ela diz que está tudo muito melhor agora, que foi bom ter acontecido sua
partida, que se aparecer uma ligação de madrugada (insônia por ele) foi engano
e que esse recado é para dizer que não sente mais nada.
Na letra de “Macaé”,
um romance platônico de uma insegura. Parece uma carta endereçada a alguém que
não vai aceitar, ela diz com medo e já entrega as respostas de fuga. Ele é tudo
que ela sempre quis, ela conhece o mapa astral dele, decorou seu RG, tem a
senha do cartão dele, grampeou o celular dele e comprou veneno para os dois se
matarem. Ela até queria que ele ficasse com ela, mas entende sua fuga e se
fosse ele, também fugia.
Na letra de “um
só”, outra loucura de uma insegura que a autora não mostra um final, mas que
provavelmente não é bom. Ela se entende como parte dele, intimida ele com sua
ideia de que não são dois, sem ele ela não existe, ele é gêmeo dela ou ela já
não se enxerga só consegue ver ele. Ela imagina que se ele os cortar ao meio,
que se acontecer um fim, ele vai ficar bem e ela vai morrer.
Tudo
aparentemente trágico, mas com o bom humor de uma atriz que trabalha com o riso
das pessoas. A boa comunicação de quem sabe falar e por isso alcança o sucesso
como disseram os palestrantes citados no inicio do texto.
Trazendo isso
para o lado da educação: a educação acontece de forma reflexiva, quando pensamos
(como educadores) as praticas da comunicação sensível ao saber do aluno e não reproduzindo
como únicos detentores do saber. Quando tornamos a comunicação mais atraente,
quando não buscamos narrar como uma televisão tornando o aluno um; espetador
conservador, que não tem voz e que tem que ser tratado como uma vasilha como
dizia Paulo Freire (1986).
terça-feira, 31 de março de 2015
Ele e ela (Jesus e Maria)
Por ocasião da semana santa, um texto curto e reflexivo sobre o protagonista da história que nunca esteve só.
Um anjo veio do céu para dar a dica para ela,
que seria mãe de um menino que seria grande, ela aceitou a missão mesmo não
sabendo de tudo, mesmo provavelmente com medo, viu varias crianças morrerem
sabendo que queriam matar seu filho. Presenciou seus primeiros passos, seus
primeiros risos e brincadeiras, deve ter ensinado Ele a ter autonomia. Perdeu-se
dEle quando ainda tinha 13 anos, o encontrou em um lugar
onde ela
o havia ensinado a ir, falando para os capacitados da época.
Uma noite bateram em sua porta e a contaram a
noticia de que Ele estava preso, ela foi ao encontro do seu filho e
acompanhou o cumprimento das palavras do profeta Simeão: “uma espada
traspassará tua alma” (Lc 2, 35) se tornarem concretas. Chegou e não encontrou
os amigos do seu filho, fez vigília por ali, o viu ir para ficar diante de Herodes
para ser ridicularizado e depois o viu regressar para ter sua sentença definida
por Pilatos (o marido da Claudia). Seu filho foi condenado e a primeira pena
foi de levar 39 chibatadas, ficou de pé com outras mulheres que a faziam
companhia e João.
Na sequencia viu seu filho está diante de
Pilatos com o rosto ensanguentado e todo sujo, ela está no meio da
multidão olhando a cena, participando do lado menor. O lado daqueles que se
posicionaram contra o que acontecia com Ele. Presenciou a distancia a
conversa entre Ele e seu julgador, viu provavelmente os olhos de medo do
Pilatos, ouviu seu grito: “Não acho nenhum crime
neste homem”. Acompanhou a condenação de fato, com gritos de crucifica-o
e com preferencia a Barrabas. Seguiu o cortejo vendo as zombarias, as
cusparadas e as quedas de seu menino. Sentiu as dores de vê-lo pregado na cruz,
de olhar seu corpo erguido em sacrifício, ficou ali próximo à cruz escutando suas
ultimas palavras e a entregando ao seu discípulo amado. Por fim mesmo com a
inutilidade de seu corpo morto, teve seu filho no colo, uma imagem que ficou conhecida
como Pieta e que o Michelangelo esculpiu tão brilhantemente, quando interrogado
o porquê de ela ser tão jovem, o artista teria dito: “Quem fica próximo de
Jesus sempre fica jovem”. Ele a olhou provavelmente e nunca
esteve só, sua mãe (ela) sempre esteve por perto retribuindo o seu olhar.
terça-feira, 24 de março de 2015
A INTERAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNO NA EDUCAÇÃO INFANTIL- PRINCIPIO DAS DIRETRIZES
O
desenvolvimento Social a partir do que determinam as diretrizes pedem que a
relação seja contextualizada por uma visão e participação maior de todos
envolvidos na educação. Segundo o conceito amplo de educação, ela é um processo
que ocorre com toda interação social, isso implica troca de informações e
conhecimentos com modificação de comportamentos.
A
criança deve ser constantemente estimulada para se tornar um ser criativo,
independente e capaz de encontrar respostas para suas indagações. Nesse
processo a importância da dimensão interativa vem sendo, desde há muito tempo,
ressaltada pela psicologia (Mead, 1934; Piaget, 1977; Wallon, 1945).
Deixando
claro que a cooperação intelectual em torno de um problema comum é fator
fundamental no desenvolvimento. As trocas de parceiros: adulto/criança e
criança/criança, são não só valorizadas como incentivadas na medida em que
resultam, na experiência humana, em conhecimento do outro e em conhecimentos
construídos com os outros. Assim não resta duvida de que a abordagem da
aprendizagem escolar em termos de interação é de fundamental importância.
Assim
sendo, a convivência educador-educando é uma forma de interação motivadora para
o processo educativo infantil, uma vez que é no plural que os singulares elaboram
conhecimentos. Por isso, o professor precisa analisar a todo o momento sobre
sua prática, fundamentando-se em uma base teórica e sólida.
Hoje,
o educador reconhece até onde pode ir no conhecimento prévio de cada atividade,
nesse sentido a dinâmica da aprendizagem que envolve a ligação professor-aluno
deve chegar a todos os aspectos, visando assim as suas condições de vida,
com a escola, o discernimento e
compreensão do conhecimento sistematizado a ser aprendido.
É
fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma
que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos
guias de professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro do
poder, mas, pelo contrário, o pensar certo supera o ingênuo tem que ser
produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. (Freire
1996, P.43)
Com
base no autor, não fica dúvida acerca de que na formação docente é de grande
importância que o profissional tenha consciência de que o pensar de forma correta
não é nenhum presente, e nem é como receita de pudim de açaí, ao contrário, ele
supera os gigantescos desafios dessa profissão, e que existe necessidade de
querer e buscar o que se pretende no âmbito da profissão.
A
relação entre ensino e aprendizagem no âmbito infantil recebe uma cobrança
maior de um ensinar menos mecanizado e com formas magicas. Requer atualizações
no formato da transmissão da arte de ensinar. A relação hoje precisa de uma
interação que leve o aluno e educador a entender que o processo aprendizagem
acontece de forma recíproca no qual todos os envolvidos tem papel de destaque.
O
compositor e músico Gabriel Pensador na canção Estudo errado fez a seguinte
contribuição: “O ideal é que a escola nos
prepare pra vida, discutindo e ensinando os problemas atuais e não me dando as
mesmas aulas que eles deram pra os meus pais.” (1995).
Desta
forma, as relações entre educador e educando envolvem comportamentos
intimamente relacionados, em que atitudes e comportamento de um promovem as do
outro. O aluno não é um HD de um computador, um fichário ou uma maleta. Pelo
contrario é um individuo com varias possibilidades de compreensão, cheio de
expectativas e possibilidades de intervir e contribuir para que o ensino seja
atrativo e não monótono. Assim como o professor o educando deve ser olhado como
sujeito interativo e ativo no processo da educação. O trabalho do professor em
sala de aula, bem como seu relacionamento com os alunos é expressado pela
relação que ele tem com a sociedade e com cultura.
terça-feira, 17 de março de 2015
Dialogo do livro: Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire
Professor não pode estudar para ser uma televisão, alguém que transmite o saber pronto e torna o aluno uma vasilha. O texto a seguir é fruto do dialogo acerca da obra acima citada, do grande mestre Paulo Freire.
Pedagogia do Oprimido
Um livro de um sonhador que
busca abrir olhos de uma sociedade de oprimidos e opressores, alertando para
necessidade de um ensino que abra as correntes de uma escravidão que vive a
classe dominada. Neste pensamento o educador através
de uma educação dialógica problematizante e participante, alicerçada na
confiança no povo, na fé nos homens e na criação de um mundo.
O destaque inicial é dado ao
“medo da liberdade” de deixar de ser ingênuo para ser critico, pensar e buscar
meios de transformar os meios que se vive pode vir a se tornar uma ameaça à
classe dominadora, que não pensa poder ser a primeira a agir para um ensino a todos,
essa luta precisa partir dos oprimidos, um olhar bem Marxista de uma sociedade
desigual.
Depois o autor justifica o
tema mostrando o homem como sujeito histórico da sociedade que se insere, não
sendo um alienado condicionado a pensar igual, a receber uma noticia e
absorve-la sem pensar tornando-se massa de manobra do opressor. Quem é o
opressor? Um sujeito desumanizado, que dita às regras impondo-se sobre os
oprimidos buscando os seus interesses e o poder (ser mais). Quem é o oprimido?
Alguém que busca a mudança (ou deveria) e transformação social, tornando a
sociedade mais humanizada (ser menos). A ideia não é uma guerra e sim a humanização
do ensino com uma restauração de libertação.
Ninguém se liberta sozinho,
o homem se liberta em comunhão. As ações e organizações devem se dar em
conjunto, logo se faz necessária a união de oprimidos na luta por uma causa.
O financiamento estudantil
tratado por Freire está no como é passado o conhecimento, uma cultura gerada
nas classes mais ricas, se impõem como uma verdade absoluta e o oprimido acabam
tendo que aceitar isso. Um professor que joga a cultura como uma informação
manipuladora é um veiculo de opressão. Se o professor que segundo o autor é um
oprimido também, não cercar-se de cuidados acaba passando a frente o desejo de
continuidade dos opressores. Um antidoto para isso é acabar com o
“reprodutivísmo” na instituição escolar, tornando-se um instrutor por
excelência com possibilidades de transformar o aluno. Assim o professor estará
a serviço da libertação, Freire diz que: “Os homens se educam entre si
mediatizados pelo mundo”.
O autor propõe um dialogo
entre professor e aluno, que deve ser uma forma de investigação dos temas a
serem trabalhados, chamado de tema gerador. Sem dialogo não tem tema gerador e
sim temas pré-estabelecidos; nesses o professor decide o tema, o conceito e
como será o processo de manipulação. Três pontos são importantíssimos para
decisão do tema gerador em uma ação dialógica: colaboração, união, organização
e síntese cultural.
Enfim educação para Paulo
freire é muito mais do que um ato pedagógico, é um ato politico.
quarta-feira, 11 de março de 2015
NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FÍSICO NOS TRÊS PRIMEIROS ANOS
Um resumo feito no segundo semestre, o nascimento e os primeiros momentos de uma criança. A inspiração para a postagem foi o nascimento da minha nova afilhada: Maria Helena.
Até
o século XX o nascimento era um evento extremamente feminino, sem qualificações
ocorrendo de modo formal. Os riscos foram sempre muito grande e na frança a
estimativa chegou a ser de uma chance para dez de uma mãe morrer no parto. Depois
de a virada de século e a profissionalização do ato de nascer, começou a ter-se
uma maior segurança e assepsia. O trabalho do parto ocorre em três momentos
centrais; no primeiro acontecem as contrações uterinas regulares, no segundo a
cabeça do bebe começa a deslocar-se em direção ao canal vaginal e no terceiro
dar-se o corte do cordão umbilical. Existem dois tipos de partos conhecidos que
são: vaginal e cesariano. O primeiro é o mais comum e pratico. Já o segundo por
ser uma cirurgia o processo torna-se mais demorado. Após isso acontece o
período neonatal aonde o feto é sustentado pela mãe, os meninos tendem a ser
maiores que as meninas, a maioria tem uma aparência meio rosada e pele fina.
Com um minuto e cinco minutos após o parto os bebes são avaliados, pela escala
de Apgar. Esta é composta por subtestes: aparência, pulsação, expressão facial,
atitudes e respiração. Os resultados de 7 a 10 está bom ou excelente, de 5 a 7
significa que precisa de auxilio e já de 4 para baixo indica que o bebe precisa
ser salvo. Os ciclos alimentares, o sono e até o humor são medidas do bebe de
estado de alerta. Quando bebes costumam passar 75% do seu tempo dormindo e o
resto se alimentando. Natimortos: nascimento e morte. No mundo inteiro 3,2 milhões
de fetos nascem mortos anualmente. A causa nem sempre é esclarecida, mas muitos
fetos por serem pequenos indicam subnutrição no útero. A primeira infância trás
muitos riscos, exigem cuidados com a nutrição e assistência medica. A pobreza e
também um fator contribuinte para os riscos de mortes de neonatais. Nessa fase
é possível evitar algumas doenças com vacinas. O desenvolvimento físico inicial
segue alguns princípios que são: Cefalocaudal, crescimento de cima para baixo e
Próximo-distal, de dentro para fora. O crescimento acontece de forma acelerada
nos três primeiros anos, um dos pontos naturais que contribuem para o
desenvolvimento é o aleitamento materno que é conhecido como saudável por
excelência. Por fim o cérebro é a área do corpo que se estende as demais, sua
evolução dura a vida toda. Algumas áreas do cérebro controlam o a parte
sensorial: o tato e dor, olfato e paladar e a audição e visão.
terça-feira, 3 de março de 2015
Sobre Interdisciplinaridade
Parte de minha primeira resenha acadêmica do ano, um pouco do contexto das pesquisas da Ivani Fazenda sobre a História, teoria e pesquisa sobre a interdisciplinaridade.
A autora que faz sua
pesquisa desde os anos 70 e em 90 precisou fazer uma pausa para reflexão, uma
espécie de degustação necessária do que havia alcançado em suas produções e de
outros teóricos para um mergulho sobre o tema. Em um primeiro momento olha com
lente de aumento para o entrave que existe entre ciência / existência na ação
interdisciplinar. Para busca de soluções caminha ao encontro de a história do
conhecimento, olhando o que disseram grande pensadores como Sócrates buscando
uma interiorização para buscar verdades que passam pelo processo do erro.
Chega-se a uma conclusão didática do processo de descoberta da
interdisciplinaridade: em 1970 buscou-se definir um conceito de
interdisciplinaridade e um modelo de como trabalhar desta maneira; 1980 tentou se
criar uma metodologia quase que única de se agir interdisciplinar, como uma
característica única; em 1990 partiu-se para a construção de uma teoria de
ações interdisciplinar que é resultado de uma evolução do pensamento.
Em 1970 quando a autora
começou a pesquisar havia um desejo e necessidade de conceito, pois tinha que
ser explicado e diferenciado de palavras que exigiam uma ação diferente como:
multidisciplinaridade e transdisciplinaridade. Inicialmente o movimento vem da
Europa na década de 60, fruto de revoltas como a segunda guerra mundial, o bum
econômico e das dificuldades enfrentadas a na sequencia desses acontecimentos
com contestação aos governos e do proposito da sociedade por lá, uma década que
ficou conhecida como a “contracultura”. Assim houve uma contestação do sistema
educacional atuante; dizendo que ele forma pessoas sem senso critico, voltada
para o utilitarismo sem pensar na construção de uma sociedade melhor com
pessoas melhores. Assim a autora destaca esse momento como um grande marco para
os nascimentos de novas formas de se pensar e fazer educação, uma janela para
possibilidades de pesquisar o diferente do padrão questionado.
Quando o pensamento
interdisciplinar chega ao Brasil, estamos envolto a uma serie de problemas
sociais, um momento negro do pensar, pois estamos no período da ditadura
militar sem uma sociedade consolidada, diferente do que se vive na Europa que
já havia conquistado o valor da democracia. No Brasil é destacada a obra de
Hilton Japiassu que publicou o livro: “interdisciplinaridade e patologia do
saber”, que apresenta duas partes; na primeira pontos que envolve a
interdisciplinaridade, na segunda as ações para se trabalhar de forma
interdisciplinar. Passado o modismo de usar a interdisciplinaridade como
semente de algo novo, sem mesmo entender como agir concretamente, tentou-se
criar uma linguagem única para o conhecimento de forma “conteudista”.
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FAZENDA, Ivani. In Interdisciplinaridade: história, teoria
e pesquisa. 18.ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Vida ressignificada
A possibilidade de enxergar diferente, de ver o valor de se melhorar realidades com o que buscamos, uma escolha dos protagonistas de diversas áreas.
A vida precisa ser “ressignificada”, pensada
com um olhar critico e reflexivo.
Isso diz os principais pensadores da área da
educação, pois de fato isso precisa ser martelado a todo tempo na cabeça de
quem vai ser um profissional da área que é base para todas as outras profissões.
Mas essa frase tem poder na vida (ou pelo menos deveria), em todas as outras
escolhas profissionais, pois bate de frente com o comodismo de ficar quieto, de
chegada definitiva. Para os atuantes da área da educação o processo não acaba nunca
(ou pelo menos deveria), escutei de um professor amigo que: “quem escolheu ser
professor, escolheu estudar para sempre”.
Escutei outro dia a Eliane Brum em uma
entrevista ao programa “sempre um papo”, o dia em que ela entendeu o tamanho do
poder de sua escrita. Ela colunista de revista e site, escritora de livros,
viveu a experiência de encontrar com a Sonia; uma criança que segundo ela tinha
olhar de gente velha. Ela contou e eu concordo que: “Crianças quando têm olhos
de gente velha, é Porque sofreu um crime de viver algo que não era dela”. E na
despedida a Eliane ouviu: “Não me deixe morrer”. Quem conhece a escritora e já
teve a oportunidade de ler algum texto seu, sabe que falo de alguém muito
humanizada com a causa popular, alguém que vive o processo de cruzar com olhos
que pedem pela vida, como o de Sonia. Vida que se ressignificou.
No filme “A vida é bela” o pai envolve o
filho em um jogo, na oportunidade a guerra rolando e a menino pensa que está em
uma disputa para ganhar um tanque. No
filme “Titanic” uma cena fantástica marca o encontro dos dois protagonistas, a
moça quer se jogar do navio e o Jack entra na vida dela e diz à frase que marca
o filme: “se você pular, eu pulo”. Nesses dois premiados pela outorgada maior
do cinema, os personagens centrais vivem uma tragédia com criatividade de olhar
de maneira diferente, quando o Jack está morrendo a mocinha canta, para salvar os
últimos momentos do amado. Quando o Guido vai morrer ele brinca para que o Giosue
continue o jogo. Exemplo de vida ressignificada.
A vida seguirá sempre com as escolhas dos seus
protagonistas, as sensações e os pedidos de socorros estão por ai. Somos convidados
a olhar para realidades que estão a nossa disposição com significados diferentes
e criticidade.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Avaliação da aprendizagem: Relações professor-aluno na sala de aula
Para visualizarmos a
avaliação no processo ensino aprendizagem que tem professor e aluno como personagens
centrais, faz-se necessário a definição de alguns conceitos. Dentre eles a
categoria do processo pedagógico; a organização do trabalho pedagógico no
ambiente escolar macro e micro. E por fim a função formativa da escola.
Faz-se necessário ter ciência
de que qualquer avaliação precisa olhar o modelo global, até chegar à realidade
institucional. Fazer tal relação poderá nascer um modelo novo e condizente com
a realidade que se quer aplicar a avaliação. A avaliação necessita fluir do
querer coletivo da escola, dessa forma não haverá imposição e o professor
colocado na “parede”, assim como não será algo singular e restrito parecendo
uma imposição ao aluno.
Um grande erro proclamado
por um bom tempo e que ainda acontece na pratica de alguns profissionais, e de
que a avaliação dar-se apenas no final do processo medindo com uma nota se se
alcançou o nível necessário de conhecimento. Quando tal visão prevalece não se
observa o inteiro da sala de aula, ficando o ensino de forma incompleta. Uma
atitude precisa ser tomada por profissionais que atuam e que vão vir atuar na
área, de não somente advogar para um processo de avaliação continua e não de
forma isolada.
Os objetivos do ensino são
um primeiro passo para uma visão linear do processo pedagógico, passando por
definição dos conteúdos e metodologias a serem aplicadas, com isso acontecerá à
otimização de cada etapa do aluno. Faz-se necessário olhar a educação e conduzi-la
baseada na natureza dinâmica e contraditória das categorias, o que permite
organizar o processo em dois núcleos interligados: Objetivos/avaliação e
conteúdo/método. Assim sendo os objetivos e a avaliação, orientam o processo.
Dessa forma o que se quer,
não é unificar objetivos-conteúdos-métodos, mas sim fazer pensar o processo não
tendo a avaliação como subordinada ao fim do trabalho pedagógico sem alcançar
sua finalidade que é o desenvolvimento do aluno. A avaliação não pode ter como
único fundamento, verificar se o aluno está apto ou não a seguir para outra
sequencia de conhecimentos.
Assim sendo a avaliação não
é apenas o final do processo, mas sim parte importante no todo desenvolvimento
pedagógico. Um professor deve avaliar o dia a dia.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Mídia e educação
A
criança terá direito a liberdade de manifestar-se, esse direito a concede poder
procurar, receber e passar informação independente do lugar aonde vive. Na
forma de arte cultural ou qualquer outro meio da escolha infantil (ONU, 1989).
O trabalho visa contribuir para os direitos da criança e do adolescente, com
ênfase na educação que é base para qualquer meio. Faz-se necessário que de
forma urgente, aconteça uma atualização na tecnologia educacional, pois uma
nova “autodidaxia” vem sendo desenvolvida em meio aos jovens por vários anos
(PERRIAULT, 1996a, p. 23). As crianças durante anos consumiram-se das curtas
mensagens televisivas, habituaram a pegar os estilos nas falas, aspectos
técnicos e estéticos. Em pesquisa feita nos anos 80 Greenfield (1980) constatou
que crianças que viam muito a programas de tv tem uma melhor aptidão na criação
de conceitos, de contextualizarem no meio onde viviam. Hoje com novas
capacidades cognitivas e perceptivas, anotam o que veem em um vídeo, elaboram
perguntas para animar um chat; fazem uso da interatividade possível a partir
dos anos 90. Aquilo que se dizia da televisão e vídeo game nos anos outrora,
nos dias atuais se fala das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Com
a força que vem tendo tais mídias e a proporção que é utilizada, surgem também
as competências de como melhor usar e planejar o tempo, tarefas, testes,
formulários, etc. Talvez esse fascínio e robotização sejam carregados de alguns
males como, a mania e a dependência, com facilidade as pessoas se desligam das
relações físicas e socioafetivas ligando-se à realidades virtuais unicamente.
Esse processo social impactante tem sido estudado a partir de diferentes
abordagens, vendo que a penetração dessas “máquinas inteligentes” em nossa vida
social é incontestável. Assim são imensos os desafios impostos para a educação,
tanto na intervenção quanto na reflexão, a primeira questão pode ser assim
formulada: Como a escola pode contribuir para que as crianças sejam usuárias
criativas e criticas dessas ferramentas sem tornarem-se meras consumidoras
compulsivas? A segunda mais crucial é: Como a escola pública assegurar a
inclusão de todos na sociedade do conhecimento sem contribuir para futuros
“ciberanalfabetos”?
BELLONI,
Maria Luiza. O que é mídia é educação?
São Paulo: Autores Associados, 2005.
*Texto produzido para um projeto desenvolvido na disciplina: Pesquisa e suas estruturas.
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
QUE PAIS É ESSE
Em pleno período de ditadura militar no Brasil, os
jovens, almejante de mudança e ainda sedentos de vingança gritam uma canção que
faz alusão a um “Brasil Perdido”. Ao estilo cordel a musica Faroeste Caboclo manda
um recado. Narra à história de João de Santo Cristo, negro, pobre e nordestino.
De infância sofrida, junta dinheiro e vai a Salvador. Com sorte vai a Brasília.
Começa a trabalhar, ganha pouco e se envolve com o trafico, vira ladrão e é
preso. Tenta mudar quando conhece Maria Lucia. Cruza com traficante Jeremias.
Um encontro entre os dois é marcado. Jeremias acerta um tiro em João que antes
de morrer; mata Jeremias e ver Maria Lucia jurar-lhes amor antes de também
partir. A letra da musica mostra a juventude de ontem e hoje sedenta de mudança
de um país que vive sua democracia a partir da utopia de sua constituição e os
valores requeridos na sociedade pelo homem.
Resumo apresentado na semana acadêmica em 2013.
RUSSO, Renato. Faroeste Caboclo. 1979
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Os “pormenores” do meu primeiro seminário, nesses dias de bater no “creio” do outro.
Falar de religião em publico não é um tema fácil, principalmente quando não houve uma boa preparação para isso, podem-se criar grandes debates vazios por se querer impor sua maneira de pensar. Nas mídias isso ocorre com muita frequência e a frase de são Paulo (não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero) se faz atual a essa tentativa de imposição do certo ou errado.
Depois da passagem do ano, depois
também dos acontecimentos recentes na França, os soberbos da fé vem se batendo
nas mídias sociais. Isso me fez recordar da primeira apresentação de seminário
que fiz nas integradas. Pesquisamos por algumas semanas nosso assunto a ser
apresentado no primeiro grande seminário da fase inicial do curso, estava
tranquilo e com expectativa de uma grande apresentação, pois havia estudado
muito e me envolvido na pesquisa.
Éramos três e meia hora para exposição,
logo dividimos o tempo igual para todos desenvolverem sua explanação. Eu fiquei
responsável por encerrar e ‘ela’ que seria a segunda a se apresentar me diz:
“não estudei muito, o que faço?”. Primeiro confesso que fiquei feliz, pois
pensei logo no tempo maior que poderia ter para desenvolver minha parte, depois
pensei na melhor dica que se pode dar para uma pessoa que está nervosa (em
minha opinião). Disse para que interagisse com os falantes da turma,
discursando em tom de perguntas para os ouvintes.
Assim ela fez a cada slide fazia
algumas perguntas incitando as pessoas que nada falavam. Até que uma imagem do
papa fazendo uma crítica a determinado gênero foi um estopim para um demorado
debate, ela passou a dinamizar uma discursão que não queria ter fim, pois as
pessoas são ligadas muitas vezes de forma radical a suas crenças. Respeitar o
que o outro acredita ou aceitar o
discurso que o outro prega é característica dos que são considerados frios para
os “seguidores” ferrenhos de uma fé de imposição.
Exemplificando: No natal quanta gente dizendo que a cor
que para outros tem significado, não significava nada. Que pular ondas é uma
bobagem, que comer tal semente não leva a nada. E dizem isso se sentindo
grandes Cristãos do mundo, quando em minha opinião deveriam era se envergonhar
de tamanha soberba e buscar o confessionário (no caso dos católicos). Falo com
maior propriedade do assunto aos católicos, pois sou um. Devemos olhar com
maior respeito o que o outro acredita, do contrario estamos seguindo outro que
não o cristo. Papa Francisco disse: “Se um de nós não acha
que precisa da misericórdia de Deus, se ele não se considera um pecador, é
melhor que ele não vá à missa”. Logo não deveríamos ficar apontando dedo para o
que o outro acredita como errado, não deveríamos ficar se achando os certinhos
da história quando o nosso líder diz que se somos certinhos nem de missa
precisamos.
No caso da França, muita
gente saindo nas ruas impulsionadas pela força da mídia que levantava uma
bandeira “liberdade de expressão”, bombardeando os “terroristas” que antes em
minha opinião foram bombardeados também. Liberdade sem respeitar ao outro,
batendo naquilo que o outro acredita tem o poder de fazer movimentar e acordar
a fúria de radicais movidos pelo sagrado assim como um slide que inicia um
debate de critica a um personagem, ou uma postagem no facebook.
O poeta disse: “tudo o que
move é sagrado e remove as montanhas”. Entendo que se queres tirar o outro do
seu conforto, do silencio de uma apresentação e fazer o mesmo mover montanhas.
Basta tocar na fé dele, sem respeito e com soberba que dependendo de sua crença
a montanha pode cair sobre você. Tive pouco tempo para minha apresentação, tive
um publico um tanto emburrado, pois queria continuar discutindo ferozmente
religião que deve ser no sentido da palavra a ligação do homem a Deus, mas que
para muitos serve para ser motivo de guerra e vaidade sobre os “errados”.
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
RESENHA DO FILME: COMO ESTRELAS NA TERRA.
O filme
conta a história do menino Ishaan Awasthi, ele tem dislexia, e na família a maior dificuldade de ser compreendido. Na escola ver as letras dançando
e passa alguns perrengues por tal visão distorcida. Seu pai que é um homem mais
rude o trata com certa dose de insensibilidade.
Seus pais ao
serem chamados na escola pela direção, tentam buscar melhora do filho com cobranças
duras, pois seu irmão só tira notas boas. Prometem coloca-lo em um colégio
interno e o menino então se desespera e promete melhorar sendo que não
consegue. Assim e levado ao colégio aonde
passa por um período depressivo, com pouca vontade de aprender. No internato a
filosofia é “Disciplinar Cavalos Selvagens”.
Um
professor substituto aparece como super herói da historia, não era um simples
professor tradicional antes visto pelo mesmo, não seguia o padrão das normas.
Era como quer Edgar Morin: um alguém interessado no ser humano com uma
metodologia diferente. Esse professor vai ser o responsável por de verdade olhar
Ishaan e conhece-lo. Vai perceber a dislexia e fazer o que ninguém antes havia
feito: ajuda-lo.
Com
conhecimento do caso ele tira o menino do abismo no qual o mesmo se encontrava,
ensina-o a ler e escrever fazendo com que o mesmo supere alguns traumas, as
limitações e resinificando a vida e o processo de aprender. O filme mostra a
importância do professor e seu poder de transformação nos alunos. É necessário
que o educador tenha sua própria metodologia de ensino, de forma a motivar a
compreensão dos alunos, tornando a sala de aula, um lugar agradável e
estimulante.
Nas escolas anteriores os
professores olhavam com lente de aumento para os erros e não percebiam tratar-se de uma criança diferente
do padrão que naquele caso era quebrado, não percebiam que ali precisava haver
uma soma de professor e aluno para um aprender diferenciado. Penso que o filme
mostra o quão falho é uma avaliação pautada apenas na nota, a fala de Celso
Vasconcelos acerca da avaliação continuada é saída para uma proximidade do
professor e aluno e a possibilidade de não haverem erros como os do filme.
Como estrelas na terra é uma
lição de vida, a prova de que um tratamento com respeito e proximidade é capaz
de ser antidoto para tantas discriminações e o ressurgimento de um mundo
melhor. Acredito que a arte e o incentivo a produções por alunos na escola,
utilização da identidade de cada um fazem a educação mais prazerosa. A dislexia é um trastorno que precisa ser identificado o quanto antes para um melhor desenvolvimento, e o que melhorou a vida do garoto não foi a descoberta da doença, mas sim,
os novos métodos utilizados pelo educador, fazendo com que o menino conseguisse
adaptar-se a sua diferença.
Faz-se
necessário que profissionais da educação e futuros docentes saibam intervir em
tais situações e as demais prováveis no âmbito educacional.
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COMO estrelas na terra. Direção Aamir Khan. Walt Disney Home Entertainment, Índia – 2007. 165
min.
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Ser pouco. Qualquer negocio
Analise da história tão triste quanto à do protagonista de “porque homem não chora”, de uma menina que ainda quer continuar a ser “qualquer negocio”.
Tem muita gente triste por ai, vivendo
“morta” em um mundo aonde os vivos se dão melhor. A conheci após ouvir o áudio
de uma amiga enviado via whatsApp, procurei saber mais e virei fã das outras
histórias de sua criadora.
Vi seu rosto no rosto de quem a interpretava,
linda mais escondida na tristeza que queria colocar na frente, triste, pois
queria ser pouco, pois queria ser coadjuvante de uma história que talvez um dia
tenha sido história de amor. Aproveito para dizer que pessoas lindas com
tristezas longas por histórias que um dia talvez tenham sido de amor, acabam
por se tornar pessoas feias que se sujeitam a ser “qualquer negocio”.
Sua história não deveria ser repetida por
muita gente (mas é), deveria ser um manual do que não se deseja ser, pois ela
quer está aonde parece não ser bem vinda, quer ser quem faz o laço da gravata
da pessoa que serve o jantar, o suporte que segura à televisão ou pinguim da
geladeira prometendo até ficar uma semana inteira sem mexer. Humilhantemente
ela perdeu querendo continuar o jogo, estando de qualquer maneira na história
dele sendo o que já é para não ter o trabalho de se resignificar, de ter que
acontecer diferente.
Estou falando da menina presente na letra da
música “qualquer negocio” da Clarisse Falcão, que chega a ser na opinião desse
que escreve mais triste que a historia do rapaz da música “porque homem não
chora” interpretada pelo cantor Pablo. A moça da primeira história (música)
quer continuar mesmo sabendo que não tem mais o que fazer, aceita ser a
empregada da empregada, da empregada, da empregada do tio dele. Na segunda o
rapaz apesar de triste já está decidido, com as malas prontas para sair mesmo
que culpando a moça pelo fim, e para um recomeço um passo importante deve ser
sair e ele já está indo embora.
A letra da Clarisse com final triste foi
criada em um contexto em que as mulheres buscam uma maior independência e se desvinculam
de histórias que um dia já foram de amor com maior facilidade, pois já não
precisam depender do homem que um dia escolheram para o resto da vida como uma
prisão perpetua em uma cadeia que deveria se chamar lar. Mas apesar dessa independência
feminina e a história ser de uma protagonista do “sexo frágil” (só que não)
ainda está acontecendo por ai não apenas com mulheres, pois descansar na
história sem querer construir novos risos faz mal e engorda, por isso tanta gente engordando por ai.
FALCÂO,
Clarice. Qualquer Negocio, Rio de Janeiro,
Casa Byington. 2013, 1 CD Monomania.
Casa Byington. 2013, 1 CD Monomania.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Quero ter amigos
Ele disse: “Ei tio eu
quero ter amigos”.
Se me contassem a
história de um ferinha com nove anos pensando assim, duvidaria, pois criança
faz amizades no tempo de um joguinho ou
na duração de um recreio. Mas ele me disse isso, ele me implorou que o ajudasse
a conseguir amigos.
Perguntei a razão de ele
se achar um sem amigos, me disse que ninguém gostava dele, que as meninas
principalmente não buscavam está em sua companhia e que era sempre dele a
iniciativa. Contou-me que seus pais fizeram a festa do seu aniversario, dava
para contar nos dedos a quantidade de crianças, pois a festa ficou cheia de
adultos.
Era fácil fazer um
elogio, pois ele era bom com suas notas, nos comprimentos das tarefas e até nos
jogos. Eu dizia que bacana tuas notas, es o melhor. Ele dizia: - “de que
adianta, são só notas”. Eu dizia: - “que desenho bacana, foi muito bem na sala
de informática, foste muito bem no xadrez...” Ele dizia: - “de que adianta,
quero amigos”.
Eu tentei interagir com
a turma e pedi para que o chamassem para as brincadeiras, alias ali se brincava
muito e por isso me senti muito bem todas as quintas e dias finais de novembro
(tempo em que estagiei lá), me disseram que sempre convidavam, mas que ele
sempre dava um jeito de dizer que estava sendo colocado de lado, que não
gostavam dele. Virei o tio preferido dele por tentar interferir na situação.
Nosso plano foi
conquistar amigos e para isso pedi para que ele não falasse mais a ninguém que
não tinha amigos, passasse uma semana sem reclamar, aquela era minha ultima
semana por ali, foi positivo, pois ele não fugiu dos confrontos e nesse jeito
de se achar um menino sem amigos o risco em minha opinião é esse, que se exclua
do meio da turma.
Nosso ultimo jogo foi
épico, uma partida de queimada que e o jogo que as meninas mais gostam de jogar
misturadas aos meninos. Esse dia foi igual cena de filme, nosso time foi
“morrendo” todo, sobrando apenas ele (juro). Ganhamos o jogo e os chocolates
que eram prêmios, graças a “ele” que foi comemorado por todos. Deu-me um
desenho de presente, estagiário de educação gosta de ganhar desenho que seja
representativo, principalmente quando o ferinha diz: “fiz um para o senhor e um
pra mamãe, guarde bem meu amigo”.
sábado, 3 de janeiro de 2015
Papel de MÃE
Ela cresce olhando o jeito da mãe e
acha interessante a luta de sua genitora. Sua força em conseguir dar conta de
uma casa sem a presença de um homem, além dela e sua mãe mais um irmão moram em
sua casa.
Aos onze anos é responsável por vigiar
seu companheiro de quarto, seu irmão, pois durante a noite a mãe sai para
trabalhar. No outro dia sua mãe está firme para lhe servir o café, leva a
escola e depois vai buscar. Chegam a casa e o almoço em alguns instantes está
pronto, almoçam juntas e de tarde ainda fazem a tarefa de casa e o dever de
casa.
Essa é a rotina ordinária de uma amiga
com quem tive o prazer de partilhar conhecimento um dia, ela me narrou um pouco
do quanto ela admira sua mãe e a historia de amor que as duas protagonizam
junto ao seu irmão. Uma família que vive o processo de viver em conjunto
imagina; o quão difícil deve ser a dinâmica de sobreviver dos personagens dessa
história, sim, pois as barreiras devem ser grandes afinal são duas crianças e
uma mãe que às vezes precisa pedir socorro, pois alguém deve adoecer um dia.
Essa mãe vive a vocação de assumir-se
mãe de verdade com todos os ossos do oficio, seu papel e admirado por sua
principal beneficiada, aquela para quem o suor e destinado. É muito fácil
cobrar a escola reflexão, cobrar professores comprometidos e ficar esperando
acontecer. Essa mãe segura o lápis junto à filha mesmo com o cansaço de uma
noite de trabalho, prepara o café e senta junto à mesa, imaginem a conversa das
duas sobre o que vai acontecer hoje logo pela manhã, almoçam juntas e logo
imagino que falam de como esta sendo o dia, isso a torna presente e não uma
espectadora da vida da filha.
Acabei não me alongando na história e
não buscando saber quem poderiam ser os socorristas, não me informando sobre o
trabalho da mãe e outras duvidas que a história suscita. O lado bom de não se
saber quem são os coadjuvantes desse enredo é tentar imagina-los, mais que isso
é ter uma heroína que assume seu papel de MÃE.
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