terça-feira, 7 de julho de 2015

Resumo do primeiro capitulo do livro: Jogo, brinquedo, brincadeira e educação


O Jogo na educação infantil. É extremamente difícil definir o que é jogo. Sabemos de suas diversas características e aplicabilidade, com crianças, adultos e políticos. O jogo podem ter regras padrões e também imaginarias, nem sempre vai esta ligado a satisfação, pois algumas vezes como em uma partida de futebol vai dar-se por obrigação e responsabilidades. O jogo normalmente faz pensar e são cercados de regras, estratégias e habilidades. A disputa se faz presente e se estamos em uma partida de dama, peteca ou futebol o que no fim queremos e ganhar. As diferentes formas em varias culturas fazem do jogo uma atividade complexa; uma criança em um quarto brincando de atirar flecha na parede, se observada por uma criança indígena vai ser definida de forma diferente de uma simples brincadeira. Pois para essa segunda criança o arco e a flecha é parte do seu cotidiano para a sobrevivência na caça e até na guerra. Segundo Jacques Henriot (1983,1989), o jogo apresenta “o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social, um sistema de regras e um objeto”. No primeiro a linguagem funciona fomo bases de expressões e formam certas leis de construções do cotidiano. Não existe um padrão para todos os lugares de jogo, o meio onde se vive vai definir ou não se determinada atividade se enquadra em ser um jogo. Cada sociedade pode atribuir a o entendimento da utilidade de um jogo. No segundo caso a continuidade determina o modelo a seguir a ação, o baralho, por exemplo, tem suas regras definidas e são diferentes de domino, isso faz cada um ser diferente e enquadrado em uma diferente configuração de jogo apesar de no fim apontar um vencedor. Já o terceiro aspecto o coloca como algo concreto, feito para aquela finalidade como as cartas de um baralho, as pedras de um domino e outros objetos. O brinquedo é algo que ajuda a compreensão deste meio, feito para ir muito além da imaginação da criança e até do adulto, o brinquedo e parte dos contextos imaginários e reais de uma criança. O fabricante de um brinquedo inteligentemente o adapta e o modela de acordo com a cultura que almeja, buscando sempre um positivo valor. A família do Jogo; existem vários significados aplicados a modelos de jogos, segundo o autor tem uma grande família de jogos de tabuleiro, cartas, bola etc. As características de um jogo; O prazer, o caráter “não serio”, a liberdade, separação de fenômenos cotidianos, regras, caráter fictícios e sua limitação de tempo e espaço. Já Vygotsky diz que nem sempre um jogo tem características, pode haver esforço e desprazer. De certo das características e que todos costumam ter tempo e espaço com sequencia própria das brincadeiras. Nem sempre uma brincadeira com tais características poderá ser definida como um jogo, segundo Garvey (1977), King (1979), Rubin e outros (1983), Smith e Vollstedt (1985) elaboram critérios mais recentes para identificar traços de um jogo; A não literalidade, efeito positivo, flexibilidade, prioridade do processo de brincar, livre escolha e o controle interno. As relações entre jogo infantil e a educação: paradigmas; tempos atrás essa relação era encontrada pela recreação, favorecimento do ensino e diagnostico da identidade infantil. No renascimento foi visto como um jeito de favorecer a inteligência e somar com o estudo, ao olhar para as necessidades do infantil. O romantismo constrói um novo lugar para crianças e suas atividades mais para o lado espontâneo e livre. Para Vygotsky (1988, 1987, 1982) [...] Os processos psicológicos são construídos a partir de injunções do contexto sociocultural. Seus paradigmas para explicitar o jogo infantil localizam-se na filosofia marxista-leninista, que concebe o mundo como resultado de processos histórico-sociais [...]. Tipos de brinquedos e brincadeiras; brinquedo educativo/jogo educativo com finalidades pedagógicas soma a educação, tornando-a prazerosa. Brinquedos tradicionais infantis, um modelo tradicional passada pelos pais e acrescenta ao currículo da criança uma boa oralidade, espontaneidade e convivência em grupo. Brincadeiras de faz de conta tem função similar a da anterior. Por fim as brincadeiras de construção desenvolvem a habilidade da criança, estimula a criar e aumenta o repertorio sensorial da mesma.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O "lado bom" de dois contos da noite

A educação está inserida em todos os cantos e contos, com a missão de ser protagonista para um povo capaz de pensar, ser bem mais que plateia na grande representação que consiste em viver. Em um primeiro momento as histórias de “contos da noite” nos levam a ver a pensar de forma metafórica, que a vida é um processo de construção como no primeiro momento de cada enredo a possibilidade de se recriar com valores que são partes fundamentais da protagonista educação, da vida daqueles a quem destinamos nosso currículo.

Primeira história: Nossa sociedade vive uma crise com valores que alguns dizem serem ultrapassados e outros defendem a ideia de uma inversão natural que haveria de acontecer, mas o certo e que se deparar com um conto de um menino que até o fim diz a verdade, tem que ser bem utilizada por nos que somos dinamizadores do processo de ensino e aprendizagem. Destacamos a parceria do menino com seu animal amigo, em nossos meios de mediação educacional é sempre bom difundir a amizade, o quão bom é criar laços de fidelidades e irmandade com quem percebemos cumplicidade, uma escola aonde os alunos se olham nos olhos, pois se compreendem como amigos haverá sempre vontade de nela está, de ser bem mais que um aluno e sim um participante do processo evolutivo da mesma. Depois destacaria da história o extraordinário que é a presença de alguém que nos “rouba” e se faz insubstituível, quão valor tem uma pessoa como a menina que lhe aparece e torna-se dona de seu querer. Na escola faz-se necessário falar das relações que envolvem sentimentos, por vezes como na história elas podem machucar como foi com o cavalo, por fim falar do centro da narrativa que é a “verdade”.
Estimular uma sociedade a pensar e buscar a verdade, pois ainda que os exemplos sejam contrários se gosta mesmo de ouvir a verdade, que valor tem em ser para o outro como queremos que os outros s sejam conosco. Que aquele rapaz que não mentiu nem para sua vitima (o cavalo) é um herói a servir de referencia, imitado por todos e que mesmo em momentos difíceis de adversidades, faz-se necessário dizer a verdade. Agora utilizar um discurso de valor implica em um compromisso do profissional que o faz, se cobro a verdade praticando mentiras, estou criando apenas um discurso certinho e pensadores não gostam de discursos, pensadores são filhos da pratica.
Segunda história: O conto do lobisomem reflete muito a realidade das amizades provisórias, dos amores roubados que o cinema e a televisão traduzem como realidade da vida de seus telespectadores.
Quem sabe guardar um segredo, as mídias estão ai entrelaçando a todos, para que tudo seja olhado com lente de aumento por todos em rede. Um segredo é um valor a ser explorado em uma turma, talvez até ser envolvido em um projeto. Na historia havia um segredo que foi confiado a quem não merecia uma indagação que pode levar crianças a uma reflexão: em quem confiar novamente os laços de amizades fazem-se presentes para frisar o quanto é importante ter amigos que não valorizam em dias atuais os “curtis” de revelar a história do outro. Amizades provisórias de pessoas que dizem nos amar, nem sempre merecem nossa confiança.
Mas a história tem vilã e mocinha, valorizar quem nos olha de verdade não é tarefa das mais fáceis, ai está uma grande lição de valor, não se constrói raiz com pressa e o lobisomem foi apressado em se revelar a alguém que lhe queria longe. Com calma ele conseguiria ver quem lhe observava de verdade, quem lhe tinha grande estima e lhe salvaria no fim, em uma obra de arte se olhar apressadamente vamos ver e poder descrevê-la, mas se olharmos com mais tempo a possibilidade de melhor compreensão torna-se maior, as crianças de hoje estão se acostumando a correria imposta por uma sociedade que diz que eles devem saber tudo, por vezes acabam só decorando saberes sem o prazer do aprender de verdade.
Descobrir amores é tarefa da escola também, aliás, começo o texto dizendo que a educação está inserida em todos os cantos e contos, no amor não é diferente. O poeta disse que: “Ainda que falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria”. Ousamos dizer que o autor poderia acrescer a educação ao amor, pois os dois juntos fazem uma pessoa “ser”.
Com essas duas narrativas compreendemos que historias infantis são muito mais que meros entretenimento para recreação, são ferramentas para estimular valores essenciais para o currículo de qualquer pensador, entretanto faz-se necessário compreender o aluno dessa forma: como alguém capaz de pesquisar e pensar diante de uma história.

Referência
Os contos da Noite (festival de Berlim). OCELOT, Michel. França, 2011. 1h24min, Animação.



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Comunicação: O sucesso de histórias tristes

Como um fã da Clarisse, utilizo nesse texto suas letras com histórias dramáticas que fazem sucesso por seu bom humor, para falar de boa comunicação.

A boa comunicação segundo os palestrantes motivacionais é parte importantíssima para o êxito de um profissional de sucesso. Alguém que sabe comunicar-se bem consegue até fazer o feio ficar bonito. Tomo como exemplo para uma reflexão as letras da cantora e atriz Clarice Falcão, que milita no meio da música com algumas letras que em minha opinião narram à tristeza de histórias que deveriam ser de amor.
Na história da música “Monomania”, ela cria uma louca compositora que compõe sempre para o mesmo como sugere o titulo, que até tenta se desfazer do vicio jurando buscar outra inspiração mais que acaba no mesmo. O triste é quando no fim ela diz que se juntarem seus versos, tudo que via ser encontrado será ele. Uma declaração maluca, que talvez aconteça na vida de gente que depositou no outro a vida.
Em “eu esqueci você”, um recado ao amado (imagina se não houvesse esquecido), uma grande brincadeira com o que se está dizendo e o que de fato parece ser a realidade. Lembrando-se dele ela diz que está tudo muito melhor agora, que foi bom ter acontecido sua partida, que se aparecer uma ligação de madrugada (insônia por ele) foi engano e que esse recado é para dizer que não sente mais nada.
Na letra de “Macaé”, um romance platônico de uma insegura. Parece uma carta endereçada a alguém que não vai aceitar, ela diz com medo e já entrega as respostas de fuga. Ele é tudo que ela sempre quis, ela conhece o mapa astral dele, decorou seu RG, tem a senha do cartão dele, grampeou o celular dele e comprou veneno para os dois se matarem. Ela até queria que ele ficasse com ela, mas entende sua fuga e se fosse ele, também fugia.
Na letra de “um só”, outra loucura de uma insegura que a autora não mostra um final, mas que provavelmente não é bom. Ela se entende como parte dele, intimida ele com sua ideia de que não são dois, sem ele ela não existe, ele é gêmeo dela ou ela já não se enxerga só consegue ver ele. Ela imagina que se ele os cortar ao meio, que se acontecer um fim, ele vai ficar bem e ela vai morrer.
Tudo aparentemente trágico, mas com o bom humor de uma atriz que trabalha com o riso das pessoas. A boa comunicação de quem sabe falar e por isso alcança o sucesso como disseram os palestrantes citados no inicio do texto.


Trazendo isso para o lado da educação: a educação acontece de forma reflexiva, quando pensamos (como educadores) as praticas da comunicação sensível ao saber do aluno e não reproduzindo como únicos detentores do saber. Quando tornamos a comunicação mais atraente, quando não buscamos narrar como uma televisão tornando o aluno um; espetador conservador, que não tem voz e que tem que ser tratado como uma vasilha como dizia Paulo Freire (1986). 

terça-feira, 31 de março de 2015

Ele e ela (Jesus e Maria)

Por ocasião da semana santa, um texto curto e reflexivo sobre o protagonista da história que nunca esteve só.

Um anjo veio do céu para dar a dica para ela, que seria mãe de um menino que seria grande, ela aceitou a missão mesmo não sabendo de tudo, mesmo provavelmente com medo, viu varias crianças morrerem sabendo que queriam matar seu filho. Presenciou seus primeiros passos, seus primeiros risos e brincadeiras, deve ter ensinado Ele a ter autonomia. Perdeu-se dEle quando  ainda tinha 13 anos, o encontrou em um lugar onde ela o havia ensinado a ir, falando para os capacitados da época.
Uma noite bateram em sua porta e a contaram a noticia de que Ele estava preso, ela foi ao encontro do seu filho e acompanhou o cumprimento das palavras do profeta Simeão: “uma espada traspassará tua alma” (Lc 2, 35) se tornarem concretas. Chegou e não encontrou os amigos do seu filho, fez vigília por ali, o viu ir para ficar diante de Herodes para ser ridicularizado e depois o viu regressar para ter sua sentença definida por Pilatos (o marido da Claudia). Seu filho foi condenado e a primeira pena foi de levar 39 chibatadas, ficou de pé com outras mulheres que a faziam companhia e João.
Na sequencia viu seu filho está diante de Pilatos com o rosto ensanguentado e todo sujo, ela está no meio da multidão olhando a cena, participando do lado menor. O lado daqueles que se posicionaram contra o que acontecia com Ele. Presenciou a distancia a conversa entre Ele e seu julgador, viu provavelmente os olhos de medo do Pilatos, ouviu seu grito: “Não acho nenhum crime neste homem”. Acompanhou a condenação de fato, com gritos de crucifica-o e com preferencia a Barrabas. Seguiu o cortejo vendo as zombarias, as cusparadas e as quedas de seu menino. Sentiu as dores de vê-lo pregado na cruz, de olhar seu corpo erguido em sacrifício, ficou ali próximo à cruz escutando suas ultimas palavras e a entregando ao seu discípulo amado. Por fim mesmo com a inutilidade de seu corpo morto, teve seu filho no colo, uma imagem que ficou conhecida como Pieta e que o Michelangelo esculpiu tão brilhantemente, quando interrogado o porquê de ela ser tão jovem, o artista teria dito: “Quem fica próximo de Jesus sempre fica jovem”. Ele a olhou provavelmente e nunca esteve só, sua mãe (ela) sempre esteve por perto retribuindo o seu olhar.

terça-feira, 24 de março de 2015

1ª Parte da Apresentação na Semana Acadêmica da FIBRA de 2013


A INTERAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNO NA EDUCAÇÃO INFANTIL- PRINCIPIO DAS DIRETRIZES


O desenvolvimento Social a partir do que determinam as diretrizes pedem que a relação seja contextualizada por uma visão e participação maior de todos envolvidos na educação. Segundo o conceito amplo de educação, ela é um processo que ocorre com toda interação social, isso implica troca de informações e conhecimentos com modificação de comportamentos.
A criança deve ser constantemente estimulada para se tornar um ser criativo, independente e capaz de encontrar respostas para suas indagações. Nesse processo a importância da dimensão interativa vem sendo, desde há muito tempo, ressaltada pela psicologia (Mead, 1934; Piaget, 1977; Wallon, 1945).
Deixando claro que a cooperação intelectual em torno de um problema comum é fator fundamental no desenvolvimento. As trocas de parceiros: adulto/criança e criança/criança, são não só valorizadas como incentivadas na medida em que resultam, na experiência humana, em conhecimento do outro e em conhecimentos construídos com os outros. Assim não resta duvida de que a abordagem da aprendizagem escolar em termos de interação é de fundamental importância.
Assim sendo, a convivência educador-educando é uma forma de interação motivadora para o processo educativo infantil, uma vez que é no plural que os singulares elaboram conhecimentos. Por isso, o professor precisa analisar a todo o momento sobre sua prática, fundamentando-se em uma base teórica e sólida.
Hoje, o educador reconhece até onde pode ir no conhecimento prévio de cada atividade, nesse sentido a dinâmica da aprendizagem que envolve a ligação professor-aluno deve chegar a todos os aspectos, visando assim as suas condições de vida, com  a escola, o discernimento e compreensão do conhecimento sistematizado a ser aprendido.
É fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro do poder, mas, pelo contrário, o pensar certo supera o ingênuo tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. (Freire 1996, P.43)
Com base no autor, não fica dúvida acerca de que na formação docente é de grande importância que o profissional tenha consciência de que o pensar de forma correta não é nenhum presente, e nem é como receita de pudim de açaí, ao contrário, ele supera os gigantescos desafios dessa profissão, e que existe necessidade de querer e buscar o que se pretende no âmbito da profissão.
A relação entre ensino e aprendizagem no âmbito infantil recebe uma cobrança maior de um ensinar menos mecanizado e com formas magicas. Requer atualizações no formato da transmissão da arte de ensinar. A relação hoje precisa de uma interação que leve o aluno e educador a entender que o processo aprendizagem acontece de forma recíproca no qual todos os envolvidos tem papel de destaque.
O compositor e músico Gabriel Pensador na canção Estudo errado fez a seguinte contribuição: “O ideal é que a escola nos prepare pra vida, discutindo e ensinando os problemas atuais e não me dando as mesmas aulas que eles deram pra os meus pais.” (1995).
Desta forma, as relações entre educador e educando envolvem comportamentos intimamente relacionados, em que atitudes e comportamento de um promovem as do outro. O aluno não é um HD de um computador, um fichário ou uma maleta. Pelo contrario é um individuo com varias possibilidades de compreensão, cheio de expectativas e possibilidades de intervir e contribuir para que o ensino seja atrativo e não monótono. Assim como o professor o educando deve ser olhado como sujeito interativo e ativo no processo da educação. O trabalho do professor em sala de aula, bem como seu relacionamento com os alunos é expressado pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura.

terça-feira, 17 de março de 2015

Dialogo do livro: Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire

Professor não pode estudar para ser uma televisão, alguém que transmite o saber pronto e torna o aluno uma vasilha. O texto a seguir é fruto do dialogo acerca da obra acima citada, do grande mestre Paulo Freire.

Pedagogia do Oprimido
Um livro de um sonhador que busca abrir olhos de uma sociedade de oprimidos e opressores, alertando para necessidade de um ensino que abra as correntes de uma escravidão que vive a classe dominada. Neste pensamento o educador através de uma educação dialógica problematizante e participante, alicerçada na confiança no povo, na fé nos homens e na criação de um mundo.
O destaque inicial é dado ao “medo da liberdade” de deixar de ser ingênuo para ser critico, pensar e buscar meios de transformar os meios que se vive pode vir a se tornar uma ameaça à classe dominadora, que não pensa poder ser a primeira a agir para um ensino a todos, essa luta precisa partir dos oprimidos, um olhar bem Marxista de uma sociedade desigual.
Depois o autor justifica o tema mostrando o homem como sujeito histórico da sociedade que se insere, não sendo um alienado condicionado a pensar igual, a receber uma noticia e absorve-la sem pensar tornando-se massa de manobra do opressor. Quem é o opressor? Um sujeito desumanizado, que dita às regras impondo-se sobre os oprimidos buscando os seus interesses e o poder (ser mais). Quem é o oprimido? Alguém que busca a mudança (ou deveria) e transformação social, tornando a sociedade mais humanizada (ser menos). A ideia não é uma guerra e sim a humanização do ensino com uma restauração de libertação.
Ninguém se liberta sozinho, o homem se liberta em comunhão. As ações e organizações devem se dar em conjunto, logo se faz necessária a união de oprimidos na luta por uma causa.
O financiamento estudantil tratado por Freire está no como é passado o conhecimento, uma cultura gerada nas classes mais ricas, se impõem como uma verdade absoluta e o oprimido acabam tendo que aceitar isso. Um professor que joga a cultura como uma informação manipuladora é um veiculo de opressão. Se o professor que segundo o autor é um oprimido também, não cercar-se de cuidados acaba passando a frente o desejo de continuidade dos opressores. Um antidoto para isso é acabar com o “reprodutivísmo” na instituição escolar, tornando-se um instrutor por excelência com possibilidades de transformar o aluno. Assim o professor estará a serviço da libertação, Freire diz que: “Os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo”.
O autor propõe um dialogo entre professor e aluno, que deve ser uma forma de investigação dos temas a serem trabalhados, chamado de tema gerador. Sem dialogo não tem tema gerador e sim temas pré-estabelecidos; nesses o professor decide o tema, o conceito e como será o processo de manipulação. Três pontos são importantíssimos para decisão do tema gerador em uma ação dialógica: colaboração, união, organização e síntese cultural.

Enfim educação para Paulo freire é muito mais do que um ato pedagógico, é um ato politico.

quarta-feira, 11 de março de 2015

NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FÍSICO NOS TRÊS PRIMEIROS ANOS

Um resumo feito no segundo semestre, o nascimento e os primeiros momentos de uma criança. A inspiração para a postagem foi o nascimento da minha nova afilhada: Maria Helena.

Até o século XX o nascimento era um evento extremamente feminino, sem qualificações ocorrendo de modo formal. Os riscos foram sempre muito grande e na frança a estimativa chegou a ser de uma chance para dez de uma mãe morrer no parto. Depois de a virada de século e a profissionalização do ato de nascer, começou a ter-se uma maior segurança e assepsia. O trabalho do parto ocorre em três momentos centrais; no primeiro acontecem as contrações uterinas regulares, no segundo a cabeça do bebe começa a deslocar-se em direção ao canal vaginal e no terceiro dar-se o corte do cordão umbilical. Existem dois tipos de partos conhecidos que são: vaginal e cesariano. O primeiro é o mais comum e pratico. Já o segundo por ser uma cirurgia o processo torna-se mais demorado. Após isso acontece o período neonatal aonde o feto é sustentado pela mãe, os meninos tendem a ser maiores que as meninas, a maioria tem uma aparência meio rosada e pele fina. Com um minuto e cinco minutos após o parto os bebes são avaliados, pela escala de Apgar. Esta é composta por subtestes: aparência, pulsação, expressão facial, atitudes e respiração. Os resultados de 7 a 10 está bom ou excelente, de 5 a 7 significa que precisa de auxilio e já de 4 para baixo indica que o bebe precisa ser salvo. Os ciclos alimentares, o sono e até o humor são medidas do bebe de estado de alerta. Quando bebes costumam passar 75% do seu tempo dormindo e o resto se alimentando. Natimortos: nascimento e morte. No mundo inteiro 3,2 milhões de fetos nascem mortos anualmente. A causa nem sempre é esclarecida, mas muitos fetos por serem pequenos indicam subnutrição no útero. A primeira infância trás muitos riscos, exigem cuidados com a nutrição e assistência medica. A pobreza e também um fator contribuinte para os riscos de mortes de neonatais. Nessa fase é possível evitar algumas doenças com vacinas. O desenvolvimento físico inicial segue alguns princípios que são: Cefalocaudal, crescimento de cima para baixo e Próximo-distal, de dentro para fora. O crescimento acontece de forma acelerada nos três primeiros anos, um dos pontos naturais que contribuem para o desenvolvimento é o aleitamento materno que é conhecido como saudável por excelência. Por fim o cérebro é a área do corpo que se estende as demais, sua evolução dura a vida toda. Algumas áreas do cérebro controlam o a parte sensorial: o tato e dor, olfato e paladar e a audição e visão.

terça-feira, 3 de março de 2015

Sobre Interdisciplinaridade

Parte de minha primeira resenha acadêmica do ano, um pouco do contexto das pesquisas da Ivani Fazenda sobre a História, teoria e pesquisa sobre a interdisciplinaridade.


A autora que faz sua pesquisa desde os anos 70 e em 90 precisou fazer uma pausa para reflexão, uma espécie de degustação necessária do que havia alcançado em suas produções e de outros teóricos para um mergulho sobre o tema. Em um primeiro momento olha com lente de aumento para o entrave que existe entre ciência / existência na ação interdisciplinar. Para busca de soluções caminha ao encontro de a história do conhecimento, olhando o que disseram grande pensadores como Sócrates buscando uma interiorização para buscar verdades que passam pelo processo do erro. Chega-se a uma conclusão didática do processo de descoberta da interdisciplinaridade: em 1970 buscou-se definir um conceito de interdisciplinaridade e um modelo de como trabalhar desta maneira; 1980 tentou se criar uma metodologia quase que única de se agir interdisciplinar, como uma característica única; em 1990 partiu-se para a construção de uma teoria de ações interdisciplinar que é resultado de uma evolução do pensamento.
Em 1970 quando a autora começou a pesquisar havia um desejo e necessidade de conceito, pois tinha que ser explicado e diferenciado de palavras que exigiam uma ação diferente como: multidisciplinaridade e transdisciplinaridade. Inicialmente o movimento vem da Europa na década de 60, fruto de revoltas como a segunda guerra mundial, o bum econômico e das dificuldades enfrentadas a na sequencia desses acontecimentos com contestação aos governos e do proposito da sociedade por lá, uma década que ficou conhecida como a “contracultura”. Assim houve uma contestação do sistema educacional atuante; dizendo que ele forma pessoas sem senso critico, voltada para o utilitarismo sem pensar na construção de uma sociedade melhor com pessoas melhores. Assim a autora destaca esse momento como um grande marco para os nascimentos de novas formas de se pensar e fazer educação, uma janela para possibilidades de pesquisar o diferente do padrão questionado.

Quando o pensamento interdisciplinar chega ao Brasil, estamos envolto a uma serie de problemas sociais, um momento negro do pensar, pois estamos no período da ditadura militar sem uma sociedade consolidada, diferente do que se vive na Europa que já havia conquistado o valor da democracia. No Brasil é destacada a obra de Hilton Japiassu que publicou o livro: “interdisciplinaridade e patologia do saber”, que apresenta duas partes; na primeira pontos que envolve a interdisciplinaridade, na segunda as ações para se trabalhar de forma interdisciplinar. Passado o modismo de usar a interdisciplinaridade como semente de algo novo, sem mesmo entender como agir concretamente, tentou-se criar uma linguagem única para o conhecimento de forma “conteudista”.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

FAZENDA, Ivani. In Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 18.ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Vida ressignificada

A possibilidade de enxergar diferente, de ver o valor de se melhorar realidades com o que buscamos, uma escolha dos protagonistas de diversas áreas.


A vida precisa ser “ressignificada”, pensada com um olhar critico e reflexivo.
Isso diz os principais pensadores da área da educação, pois de fato isso precisa ser martelado a todo tempo na cabeça de quem vai ser um profissional da área que é base para todas as outras profissões. Mas essa frase tem poder na vida (ou pelo menos deveria), em todas as outras escolhas profissionais, pois bate de frente com o comodismo de ficar quieto, de chegada definitiva. Para os atuantes da área da educação o processo não acaba nunca (ou pelo menos deveria), escutei de um professor amigo que: “quem escolheu ser professor, escolheu estudar para sempre”.
Escutei outro dia a Eliane Brum em uma entrevista ao programa “sempre um papo”, o dia em que ela entendeu o tamanho do poder de sua escrita. Ela colunista de revista e site, escritora de livros, viveu a experiência de encontrar com a Sonia; uma criança que segundo ela tinha olhar de gente velha. Ela contou e eu concordo que: “Crianças quando têm olhos de gente velha, é Porque sofreu um crime de viver algo que não era dela”. E na despedida a Eliane ouviu: “Não me deixe morrer”. Quem conhece a escritora e já teve a oportunidade de ler algum texto seu, sabe que falo de alguém muito humanizada com a causa popular, alguém que vive o processo de cruzar com olhos que pedem pela vida, como o de Sonia. Vida que se ressignificou.
No filme “A vida é bela” o pai envolve o filho em um jogo, na oportunidade a guerra rolando e a menino pensa que está em uma disputa para ganhar um tanque.  No filme “Titanic” uma cena fantástica marca o encontro dos dois protagonistas, a moça quer se jogar do navio e o Jack entra na vida dela e diz à frase que marca o filme: “se você pular, eu pulo”. Nesses dois premiados pela outorgada maior do cinema, os personagens centrais vivem uma tragédia com criatividade de olhar de maneira diferente, quando o Jack está morrendo a mocinha canta, para salvar os últimos momentos do amado. Quando o Guido vai morrer ele brinca para que o Giosue continue o jogo. Exemplo de vida ressignificada.
A vida seguirá sempre com as escolhas dos seus protagonistas, as sensações e os pedidos de socorros estão por ai. Somos convidados a olhar para realidades que estão a nossa disposição com significados diferentes e criticidade.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Avaliação da aprendizagem: Relações professor-aluno na sala de aula

Para visualizarmos a avaliação no processo ensino aprendizagem que tem professor e aluno como personagens centrais, faz-se necessário a definição de alguns conceitos. Dentre eles a categoria do processo pedagógico; a organização do trabalho pedagógico no ambiente escolar macro e micro. E por fim a função formativa da escola.
Faz-se necessário ter ciência de que qualquer avaliação precisa olhar o modelo global, até chegar à realidade institucional. Fazer tal relação poderá nascer um modelo novo e condizente com a realidade que se quer aplicar a avaliação. A avaliação necessita fluir do querer coletivo da escola, dessa forma não haverá imposição e o professor colocado na “parede”, assim como não será algo singular e restrito parecendo uma imposição ao aluno.
Um grande erro proclamado por um bom tempo e que ainda acontece na pratica de alguns profissionais, e de que a avaliação dar-se apenas no final do processo medindo com uma nota se se alcançou o nível necessário de conhecimento. Quando tal visão prevalece não se observa o inteiro da sala de aula, ficando o ensino de forma incompleta. Uma atitude precisa ser tomada por profissionais que atuam e que vão vir atuar na área, de não somente advogar para um processo de avaliação continua e não de forma isolada.
Os objetivos do ensino são um primeiro passo para uma visão linear do processo pedagógico, passando por definição dos conteúdos e metodologias a serem aplicadas, com isso acontecerá à otimização de cada etapa do aluno. Faz-se necessário olhar a educação e conduzi-la baseada na natureza dinâmica e contraditória das categorias, o que permite organizar o processo em dois núcleos interligados: Objetivos/avaliação e conteúdo/método. Assim sendo os objetivos e a avaliação, orientam o processo.
Dessa forma o que se quer, não é unificar objetivos-conteúdos-métodos, mas sim fazer pensar o processo não tendo a avaliação como subordinada ao fim do trabalho pedagógico sem alcançar sua finalidade que é o desenvolvimento do aluno. A avaliação não pode ter como único fundamento, verificar se o aluno está apto ou não a seguir para outra sequencia de conhecimentos.

Assim sendo a avaliação não é apenas o final do processo, mas sim parte importante no todo desenvolvimento pedagógico. Um professor deve avaliar o dia a dia.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Mídia e educação

A criança terá direito a liberdade de manifestar-se, esse direito a concede poder procurar, receber e passar informação independente do lugar aonde vive. Na forma de arte cultural ou qualquer outro meio da escolha infantil (ONU, 1989). O trabalho visa contribuir para os direitos da criança e do adolescente, com ênfase na educação que é base para qualquer meio. Faz-se necessário que de forma urgente, aconteça uma atualização na tecnologia educacional, pois uma nova “autodidaxia” vem sendo desenvolvida em meio aos jovens por vários anos (PERRIAULT, 1996a, p. 23). As crianças durante anos consumiram-se das curtas mensagens televisivas, habituaram a pegar os estilos nas falas, aspectos técnicos e estéticos. Em pesquisa feita nos anos 80 Greenfield (1980) constatou que crianças que viam muito a programas de tv tem uma melhor aptidão na criação de conceitos, de contextualizarem no meio onde viviam. Hoje com novas capacidades cognitivas e perceptivas, anotam o que veem em um vídeo, elaboram perguntas para animar um chat; fazem uso da interatividade possível a partir dos anos 90. Aquilo que se dizia da televisão e vídeo game nos anos outrora, nos dias atuais se fala das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Com a força que vem tendo tais mídias e a proporção que é utilizada, surgem também as competências de como melhor usar e planejar o tempo, tarefas, testes, formulários, etc. Talvez esse fascínio e robotização sejam carregados de alguns males como, a mania e a dependência, com facilidade as pessoas se desligam das relações físicas e socioafetivas ligando-se à realidades virtuais unicamente. Esse processo social impactante tem sido estudado a partir de diferentes abordagens, vendo que a penetração dessas “máquinas inteligentes” em nossa vida social é incontestável. Assim são imensos os desafios impostos para a educação, tanto na intervenção quanto na reflexão, a primeira questão pode ser assim formulada: Como a escola pode contribuir para que as crianças sejam usuárias criativas e criticas dessas ferramentas sem tornarem-se meras consumidoras compulsivas? A segunda mais crucial é: Como a escola pública assegurar a inclusão de todos na sociedade do conhecimento sem contribuir para futuros “ciberanalfabetos”?

BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia é educação? São Paulo: Autores Associados, 2005.
*Texto produzido para um projeto desenvolvido na disciplina: Pesquisa e suas estruturas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

QUE PAIS É ESSE

Em pleno período de ditadura militar no Brasil, os jovens, almejante de mudança e ainda sedentos de vingança gritam uma canção que faz alusão a um “Brasil Perdido”. Ao estilo cordel a musica Faroeste Caboclo manda um recado. Narra à história de João de Santo Cristo, negro, pobre e nordestino. De infância sofrida, junta dinheiro e vai a Salvador. Com sorte vai a Brasília. Começa a trabalhar, ganha pouco e se envolve com o trafico, vira ladrão e é preso. Tenta mudar quando conhece Maria Lucia. Cruza com traficante Jeremias. Um encontro entre os dois é marcado. Jeremias acerta um tiro em João que antes de morrer; mata Jeremias e ver Maria Lucia jurar-lhes amor antes de também partir. A letra da musica mostra a juventude de ontem e hoje sedenta de mudança de um país que vive sua democracia a partir da utopia de sua constituição e os valores requeridos na sociedade pelo homem.
Resumo apresentado na semana acadêmica em 2013.
RUSSO, Renato. Faroeste Caboclo. 1979 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Os “pormenores” do meu primeiro seminário, nesses dias de bater no “creio” do outro.

Falar de religião em publico não é um tema fácil, principalmente quando não houve uma boa preparação para isso, podem-se criar grandes debates vazios por se querer impor sua maneira de pensar. Nas mídias isso ocorre com muita frequência e a frase de são Paulo (não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero) se faz atual a essa tentativa de imposição do certo ou errado.


Depois da passagem do ano, depois também dos acontecimentos recentes na França, os soberbos da fé vem se batendo nas mídias sociais. Isso me fez recordar da primeira apresentação de seminário que fiz nas integradas. Pesquisamos por algumas semanas nosso assunto a ser apresentado no primeiro grande seminário da fase inicial do curso, estava tranquilo e com expectativa de uma grande apresentação, pois havia estudado muito e me envolvido na pesquisa.
Éramos três e meia hora para exposição, logo dividimos o tempo igual para todos desenvolverem sua explanação. Eu fiquei responsável por encerrar e ‘ela’ que seria a segunda a se apresentar me diz: “não estudei muito, o que faço?”. Primeiro confesso que fiquei feliz, pois pensei logo no tempo maior que poderia ter para desenvolver minha parte, depois pensei na melhor dica que se pode dar para uma pessoa que está nervosa (em minha opinião). Disse para que interagisse com os falantes da turma, discursando em tom de perguntas para os ouvintes.
Assim ela fez a cada slide fazia algumas perguntas incitando as pessoas que nada falavam. Até que uma imagem do papa fazendo uma crítica a determinado gênero foi um estopim para um demorado debate, ela passou a dinamizar uma discursão que não queria ter fim, pois as pessoas são ligadas muitas vezes de forma radical a suas crenças. Respeitar o que o outro acredita  ou aceitar o discurso que o outro prega é característica dos que são considerados frios para os “seguidores” ferrenhos de uma fé de imposição.
Exemplificando: No natal quanta gente dizendo que a cor que para outros tem significado, não significava nada. Que pular ondas é uma bobagem, que comer tal semente não leva a nada. E dizem isso se sentindo grandes Cristãos do mundo, quando em minha opinião deveriam era se envergonhar de tamanha soberba e buscar o confessionário (no caso dos católicos). Falo com maior propriedade do assunto aos católicos, pois sou um. Devemos olhar com maior respeito o que o outro acredita, do contrario estamos seguindo outro que não o cristo. Papa Francisco disse: “Se um de nós não acha que precisa da misericórdia de Deus, se ele não se considera um pecador, é melhor que ele não vá à missa”. Logo não deveríamos ficar apontando dedo para o que o outro acredita como errado, não deveríamos ficar se achando os certinhos da história quando o nosso líder diz que se somos certinhos nem de missa precisamos.
No caso da França, muita gente saindo nas ruas impulsionadas pela força da mídia que levantava uma bandeira “liberdade de expressão”, bombardeando os “terroristas” que antes em minha opinião foram bombardeados também. Liberdade sem respeitar ao outro, batendo naquilo que o outro acredita tem o poder de fazer movimentar e acordar a fúria de radicais movidos pelo sagrado assim como um slide que inicia um debate de critica a um personagem, ou uma postagem no facebook.
O poeta disse: “tudo o que move é sagrado e remove as montanhas”. Entendo que se queres tirar o outro do seu conforto, do silencio de uma apresentação e fazer o mesmo mover montanhas. Basta tocar na fé dele, sem respeito e com soberba que dependendo de sua crença a montanha pode cair sobre você. Tive pouco tempo para minha apresentação, tive um publico um tanto emburrado, pois queria continuar discutindo ferozmente religião que deve ser no sentido da palavra a ligação do homem a Deus, mas que para muitos serve para ser motivo de guerra e vaidade sobre os “errados”. 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

RESENHA DO FILME: COMO ESTRELAS NA TERRA.

O filme conta a história do menino Ishaan Awasthi, ele tem dislexia, e na família a maior dificuldade de ser compreendido. Na escola ver as letras dançando e passa alguns perrengues por tal visão distorcida. Seu pai que é um homem mais rude o trata com certa dose de insensibilidade.
Seus pais ao serem chamados na escola pela direção, tentam buscar melhora do filho com cobranças duras, pois seu irmão só tira notas boas. Prometem coloca-lo em um colégio interno e o menino então se desespera e promete melhorar sendo que não consegue. Assim  e levado ao colégio aonde passa por um período depressivo, com pouca vontade de aprender. No internato a filosofia é “Disciplinar Cavalos Selvagens”.
Um professor substituto aparece como super herói da historia, não era um simples professor tradicional antes visto pelo mesmo, não seguia o padrão das normas. Era como quer Edgar Morin: um alguém interessado no ser humano com uma metodologia diferente. Esse professor vai ser o responsável por de verdade olhar Ishaan e conhece-lo. Vai perceber a dislexia e fazer o que ninguém antes havia feito: ajuda-lo.
Com conhecimento do caso ele tira o menino do abismo no qual o mesmo se encontrava, ensina-o a ler e escrever fazendo com que o mesmo supere alguns traumas, as limitações e resinificando a vida e o processo de aprender. O filme mostra a importância do professor e seu poder de transformação nos alunos. É necessário que o educador tenha sua própria metodologia de ensino, de forma a motivar a compreensão dos alunos, tornando a sala de aula, um lugar agradável e estimulante. 
Nas escolas anteriores os professores olhavam com lente de aumento para os erros e não percebiam tratar-se de uma criança diferente do padrão que naquele caso era quebrado, não percebiam que ali precisava haver uma soma de professor e aluno para um aprender diferenciado. Penso que o filme mostra o quão falho é uma avaliação pautada apenas na nota, a fala de Celso Vasconcelos acerca da avaliação continuada é saída para uma proximidade do professor e aluno e a possibilidade de não haverem erros como os do filme.
Como estrelas na terra é uma lição de vida, a prova de que um tratamento com respeito e proximidade é capaz de ser antidoto para tantas discriminações e o ressurgimento de um mundo melhor. Acredito que a arte e o incentivo a produções por alunos na escola, utilização da identidade de cada um fazem a educação mais prazerosa. A dislexia é um trastorno que precisa ser identificado o quanto antes para um melhor desenvolvimento, e o que melhorou a vida do garoto não foi a descoberta da doença, mas sim, os novos métodos utilizados pelo educador, fazendo com que o menino conseguisse adaptar-se a sua diferença.
Faz-se necessário que profissionais da educação e futuros docentes saibam intervir em tais situações e as demais prováveis no âmbito educacional.

----------------------------------------------------------------------------------------
COMO estrelas na terra. Direção Aamir Khan. Walt Disney Home Entertainment, Índia – 2007. 165 min.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ser pouco. Qualquer negocio

Analise da história tão triste quanto à do protagonista de “porque homem não chora”, de uma menina que ainda quer continuar a ser “qualquer negocio”.

Tem muita gente triste por ai, vivendo “morta” em um mundo aonde os vivos se dão melhor. A conheci após ouvir o áudio de uma amiga enviado via whatsApp, procurei saber mais e virei fã das outras histórias de sua criadora.
Vi seu rosto no rosto de quem a interpretava, linda mais escondida na tristeza que queria colocar na frente, triste, pois queria ser pouco, pois queria ser coadjuvante de uma história que talvez um dia tenha sido história de amor. Aproveito para dizer que pessoas lindas com tristezas longas por histórias que um dia talvez tenham sido de amor, acabam por se tornar pessoas feias que se sujeitam a ser “qualquer negocio”.
Sua história não deveria ser repetida por muita gente (mas é), deveria ser um manual do que não se deseja ser, pois ela quer está aonde parece não ser bem vinda, quer ser quem faz o laço da gravata da pessoa que serve o jantar, o suporte que segura à televisão ou pinguim da geladeira prometendo até ficar uma semana inteira sem mexer. Humilhantemente ela perdeu querendo continuar o jogo, estando de qualquer maneira na história dele sendo o que já é para não ter o trabalho de se resignificar, de ter que acontecer diferente.
Estou falando da menina presente na letra da música “qualquer negocio” da Clarisse Falcão, que chega a ser na opinião desse que escreve mais triste que a historia do rapaz da música “porque homem não chora” interpretada pelo cantor Pablo. A moça da primeira história (música) quer continuar mesmo sabendo que não tem mais o que fazer, aceita ser a empregada da empregada, da empregada, da empregada do tio dele. Na segunda o rapaz apesar de triste já está decidido, com as malas prontas para sair mesmo que culpando a moça pelo fim, e para um recomeço um passo importante deve ser sair e ele já está indo embora.

A letra da Clarisse com final triste foi criada em um contexto em que as mulheres buscam uma maior independência e se desvinculam de histórias que um dia já foram de amor com maior facilidade, pois já não precisam depender do homem que um dia escolheram para o resto da vida como uma prisão perpetua em uma cadeia que deveria se chamar lar. Mas apesar dessa independência feminina e a história ser de uma protagonista do “sexo frágil” (só que não) ainda está acontecendo por ai não apenas com mulheres, pois descansar na história sem querer construir novos risos faz mal e engorda, por isso tanta gente engordando por ai.

FALCÂO, Clarice. Qualquer Negocio, Rio de Janeiro,
Casa Byington.
2013, 1 CD Monomania.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Quero ter amigos

Ele disse: “Ei tio eu quero ter amigos”.
Se me contassem a história de um ferinha com nove anos pensando assim, duvidaria, pois criança faz amizades no tempo  de um joguinho ou na duração de um recreio. Mas ele me disse isso, ele me implorou que o ajudasse a conseguir amigos.
Perguntei a razão de ele se achar um sem amigos, me disse que ninguém gostava dele, que as meninas principalmente não buscavam está em sua companhia e que era sempre dele a iniciativa. Contou-me que seus pais fizeram a festa do seu aniversario, dava para contar nos dedos a quantidade de crianças, pois a festa ficou cheia de adultos.
Era fácil fazer um elogio, pois ele era bom com suas notas, nos comprimentos das tarefas e até nos jogos. Eu dizia que bacana tuas notas, es o melhor. Ele dizia: - “de que adianta, são só notas”. Eu dizia: - “que desenho bacana, foi muito bem na sala de informática, foste muito bem no xadrez...” Ele dizia: - “de que adianta, quero amigos”.
Eu tentei interagir com a turma e pedi para que o chamassem para as brincadeiras, alias ali se brincava muito e por isso me senti muito bem todas as quintas e dias finais de novembro (tempo em que estagiei lá), me disseram que sempre convidavam, mas que ele sempre dava um jeito de dizer que estava sendo colocado de lado, que não gostavam dele. Virei o tio preferido dele por tentar interferir na situação.
Nosso plano foi conquistar amigos e para isso pedi para que ele não falasse mais a ninguém que não tinha amigos, passasse uma semana sem reclamar, aquela era minha ultima semana por ali, foi positivo, pois ele não fugiu dos confrontos e nesse jeito de se achar um menino sem amigos o risco em minha opinião é esse, que se exclua do meio da turma.

Nosso ultimo jogo foi épico, uma partida de queimada que e o jogo que as meninas mais gostam de jogar misturadas aos meninos. Esse dia foi igual cena de filme, nosso time foi “morrendo” todo, sobrando apenas ele (juro). Ganhamos o jogo e os chocolates que eram prêmios, graças a “ele” que foi comemorado por todos. Deu-me um desenho de presente, estagiário de educação gosta de ganhar desenho que seja representativo, principalmente quando o ferinha diz: “fiz um para o senhor e um pra mamãe, guarde bem meu amigo”.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Papel de MÃE

Ela cresce olhando o jeito da mãe e acha interessante a luta de sua genitora. Sua força em conseguir dar conta de uma casa sem a presença de um homem, além dela e sua mãe mais um irmão moram em sua casa.
Aos onze anos é responsável por vigiar seu companheiro de quarto, seu irmão, pois durante a noite a mãe sai para trabalhar. No outro dia sua mãe está firme para lhe servir o café, leva a escola e depois vai buscar. Chegam a casa e o almoço em alguns instantes está pronto, almoçam juntas e de tarde ainda fazem a tarefa de casa e o dever de casa.
Essa é a rotina ordinária de uma amiga com quem tive o prazer de partilhar conhecimento um dia, ela me narrou um pouco do quanto ela admira sua mãe e a historia de amor que as duas protagonizam junto ao seu irmão. Uma família que vive o processo de viver em conjunto imagina; o quão difícil deve ser a dinâmica de sobreviver dos personagens dessa história, sim, pois as barreiras devem ser grandes afinal são duas crianças e uma mãe que às vezes precisa pedir socorro, pois alguém deve adoecer um dia.
Essa mãe vive a vocação de assumir-se mãe de verdade com todos os ossos do oficio, seu papel e admirado por sua principal beneficiada, aquela para quem o suor e destinado. É muito fácil cobrar a escola reflexão, cobrar professores comprometidos e ficar esperando acontecer. Essa mãe segura o lápis junto à filha mesmo com o cansaço de uma noite de trabalho, prepara o café e senta junto à mesa, imaginem a conversa das duas sobre o que vai acontecer hoje logo pela manhã, almoçam juntas e logo imagino que falam de como esta sendo o dia, isso a torna presente e não uma espectadora da vida da filha.
Acabei não me alongando na história e não buscando saber quem poderiam ser os socorristas, não me informando sobre o trabalho da mãe e outras duvidas que a história suscita. O lado bom de não se saber quem são os coadjuvantes desse enredo é tentar imagina-los, mais que isso é ter uma heroína que assume seu papel de MÃE.